A partir de segunda-feira (1º), o bandeiramento no Baixo Amazonas e Calha Norte passará de vermelho para preto, o que significa lockdown para essa região. O anúncio foi feito na manhã deste sábado (30), pelo governador Helder Barbalho, por meio das redes sociais.
Segundo material distribuído pela Agência Pará, órgão de comunicação do governo, o chefe do Executivo paraense afirmou que a decisão de alterar o bandeiramento foi tomada com base na atualização da situação epidemiológica no oeste do Pará.
“No dia de ontem, o instituto Evandro Chagas identificou a nova cepa do coronavírus nesta região. Além disso, o aumento na procura de leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), para atendimento de pacientes de Covid-19, nos trazem severas preocupações sobre a capacidade do nosso sistema atender a todos. Por esta razão, pedindo a compreensão e a solidariedade, nós estaremos mudando o bandeiramento da região que está em vermelho (risco elevado) para preto (lockdown)”, determinou Helder.
O governador do Pará informou ainda que a mudança necessária é uma ação técnica, com o objetivo de garantir a preservação de vidas e para impedir o avanço da Covid-19 em território paraense. “Isto é necessário para salvar a vida da nossa população, para evitar a proliferação do vírus e, consequentemente, evitar problemas graves que possam levar ao óbito muitos paraenses. Nós não podemos deixar que isso aconteça em nosso estado. Peço a compreensão de cada um, para que possamos, nesse momento, preservar a vida e, certamente logo, logo podermos voltar a nossa realidade”.
O governo do Estado, prossegue o material da agência de notícias, vem intensificando os investimentos e as ações de enfrentamento à pandemia de Covid-19 em todo o Pará, em especial, no extremo oeste paraense, localizada próximo ao Amazonas. O estado vizinho já enfrenta uma crise na saúde ocasionada pela segunda onda do coronavírus.
Na madrugada deste sábado (30), chegou ao Aeroporto Internacional de Santarém, Maestro Wilson Fonseca, mais uma remessa de 180 cilindros com 10 metros cúbicos (m³) de oxigênio medicinal comprimido em cada unidade. O carregamento faz parte de uma encomenda de 500 cilindros feita pelo Governo do Pará para abastecer as unidades de saúde de todo Oeste do Estado. Esse foi o segundo abastecimento de oxigênio na região nos últimos cinco dias. Ao longo desta semana, serão enviados mais 140 cilindros.
Outra medida adotada na região Oeste é a criação de um novo Hospital de Campanha em Santarém, oriunda de uma parceria entre o governo estadual e a prefeitura local, que repercutirá na abertura de 60 novos leitos. A nova estrutura está em fase de montagem e vai ocupar parte da Escola Estadual Maria Uchoa Martins, localizada no bairro Floresta, a 800 metros do Hospital Regional do Baixo Amazonas. Com a montagem desse hospital, a oferta de leitos clínicos será reforçada, amenizando demandas por atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento e no Hospital Regional, além de estabilizar o sistema de saúde da região.
O Estado deslocou 57 pacientes, exclusivamente pela Sespa, de municípios do Pará, tanto por via aérea, quanto fluvial, para os hospitais regionais de Santarém, de Itaituba, e Juriti, entre os dias 18 e 25 deste mês. Para essas transferências, de acordo com as possibilidades climáticas da região, o governo estadual tem disponibilizado e assegurado o serviço de transporte aeromédico com seis aeronaves, sendo dois aviões e quatro helicópteros, todos para atender toda a demanda de municípios da região Oeste por leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Para reforçar o atendimento a pacientes com a Covid-19 nessa região, o governo estadual já conta com 10 leitos de UTI em Juruti; 44 leitos de UTI adulto, 4 leitos de UTI pediátrica e 3 leitos de UTI Neonatal, no Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém, e mais 60 leitos de UTI em Itaituba.
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