Em uma tarde que começou como qualquer outra, a brincadeira no quintal se transformou em um pesadelo para Lindsay Pfeffer e sua família. Quando seu filho de dois anos, Brigland, foi picado por uma cascavel-do-Pacífico-Sul, ela soube que o tempo era essencial para salvar a vida do menino. O resultado do resgate médico e tratamento intensivo, porém, veio com um alto custo: uma conta de aproximadamente R$ 1,8 milhão em despesas hospitalares.
A mãe de Brigland estava a poucos metros de distância do filho quando o incidente aconteceu. A cascavel picou a mão direita do menino, entre o polegar e o indicador. “Achei que ele fosse morrer. Todos nós pensamos que ele iria morrer”, disse Lindsay Pfeffer em entrevista à CBS8. “Quando começaram a colocar eletrodos para dar choque nele e eu vi sua pressão arterial caindo, e eles fizeram os exames, eu sabia que não era nada bom e seu braço inteiro estava preto”.
Com o veneno se espalhando rapidamente pelo corpo da criança, Lindsay ligou para o 911 e esperou a chegada da ambulância que os levou a um centro médico a 25 minutos de distância, o mais próximo com estoque do antídoto necessário. “Ele estava deitado na calçada na frente. Suava e não se movia”, descreveu ela sobre o estado do menino antes da chegada do socorro.
Os primeiros atendimentos revelaram a gravidade da situação. O veneno da cascavel é altamente tóxico, com efeitos que atacam o sistema nervoso e os músculos, sendo a crotoxina a principal substância paralisante. Como o inchaço e os hematomas se espalhavam pelo braço do menino, do dedo até o ombro, a equipe médica teve que utilizar uma furadeira portátil para introduzir o antídoto diretamente na medula óssea, uma vez que a administração intravenosa havia se mostrado inviável, conforme relatado pelo KFF Health News.
Após a estabilização inicial, Brigland foi transferido para o Ray Children’s Hospital, a cerca de uma hora de distância, onde permaneceu na unidade de terapia intensiva (UTI) até sua recuperação. O tratamento envolveu o uso de um antídoto caro, Anavip, administrado em ambos os hospitais. O primeiro hospital utilizou 10 frascos, com cada unidade custando US$ 9.574, totalizando aproximadamente R$ 55 mil por frasco. Já o Ray Children’s Hospital, que é o maior centro de tratamento infantil da Costa Oeste dos Estados Unidos, administrou mais 20 frascos, resultando em uma conta adicional de US$ 117.532 (cerca de R$ 675 mil).
Com a conta total de aproximadamente R$ 1,8 milhão, os pais de Brigland estão em processo de negociação com o plano de saúde para tentar cobrir os custos.