Instituição de ensino chega a essa idade com histórico de revelar personalidades da história do Pará
Considerado berço da intelectualidade da rede pública de ensino em Belém, o Colégio Paes de Carvalho, que faz 180 anos nesta quarta-feira (28) com uma comemoração restrita, será homenageado no início de agosto pela Assembleia Legislativa (Alepa) em razão da data histórica. O deputado Raimundo Santos (Patriota) é o autor do requerimento para a realização de sessão solene em tributo à mais antiga instituição de ensino do Pará e uma das mais longevas do País.
A proposição foi aprovada de forma unânime no dia 29 de junho em votação durante a sessão plenária, a última antes do recesso do meio do ano. A previsão para a realização do evento é o início de agosto, na volta aos trabalhos na Casa. O parlamentar enalteceu o CEPC, chamado de “usina do saber” e que tem um histórico de revelar figuras proeminentes da sociedade nas mais diversas áreas.
Ele citou que saíram das salas de aulas do estabelecimento personalidades de destaque como educadores, médicos, jornalistas, escritores, advogados, reitores, empresários, ministros, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e inclusive uma série de governadores – estão relacionados, por exemplo, Gama Malcher, Justo Chermont, Lauro Sodré, Augusto Montenegro, Magalhães Barata, Jarbas Passarinho, Alacid Nunes, Aloísio Chaves, Fernando Guilhon, Jader Barbalho e Simão Jatene. O escritor Dalcídio Jurandir e o jurista e ex-deputado constituinte Zeno Veloso estão entre outros eminentes alunos no icônico estabelecimento.
Há cerca de dois anos, o CEPC tem como diretor o professor Edmar Pires Holanda, que é servidor da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Em razão da pandemia, as aulas do colégio ocorrem de forma on-line e com a entrega de material didático aos estudantes sem acesso à internet. Reformado pelo governo do Estado desde 2019, o CEPC tem 65 professores e cerca de 1.600 alunos distribuídos no ensino médio regular e ensino médio tecnológico.
Origem
O CEPC foi fundado no dia 28 de julho de 1841 pelo então presidente da província do Pará, Bernardo de Sousa Franco, jornalista, magistrado e político (Belém, 28 de julho de 1805 – Rio de Janeiro, 8 de maio de 1875), o visconde de Souza Franco, com denominação de “Liceu Paraense”.
José Paes de Carvalho (1850–1943), de quem herdou o nome, foi médico humanitário e um dos fundadores do “Clube Republicano do Pará”, senador, 2º secretário da Assembleia Nacional Constituinte de 1890, governador do Pará (1897-1899) e candidato a vice-presidente da República (em 1894).

