Depois de um jogo brigado, corrido, de poucas oportunidades, prevaleceu a maior qualidade técnica e o Manchester City vence a Internacionale de Milão de forma merecida.
Manchester City e Inter de Milão se enfrentaram pela primeira vez na história em jogos oficiais, na tarde deste sábado (10). E logo numa final de liga dos campeões, o maior torneio entre clubes do mundo.
De um lado, o Manchester City de Pep Guardiola que buscava o título inédito nesta competição e a tríplice coroa: este ano, o time Inglês já venceu o campeonato inglês e a copa da inglaterra, esta contra o maior rival da mesma cidade, o United.
A Inter de Simone Inzaghi veio para buscar seu quarto título na champions e conquistar o segundo título em 2023, depois de ter vencido a copa Itália.
Depois de uma grande festa com artistas internacionais, dentre eles a brasileira Anita, a bola rolou no lindo e imponente estádio olímpico Atatürk, em Istambul. E foi nítida a postura das duas equipes desde o primeiro instante após a bola rolar: os melhores jogadores do mundo foram pra cima em busca do gol, em busca do título. Era uma verdadeira guerra!
E quem tinha mais vontade, quem mais mordia, era a Inter. O Manchester é mais time, melhor técnicamente. Mas pra levantar a orelhuda após 90 minutos tem que vencer, tem que suar a camisa, dar o sangue. O City parecia assustado e a nerazzurri parecia que estava caçando.
E quando todos achavam que a Inter estava amassando o Manchester, o primeiro lance perigoso da partida foi do time inglês. E dele, o cometa. Aos 26 minutos, Haaland recebeu de De Bruyne na velocidade, se livrou da marcação de Bastoni e chutou cruzado! Onana espalmou com a mão esquerda. Na sobra, De Bruyne pegou a bola na ponta esquerda, puxou para o meio e tentou o chute colocado. Onana agarrou sem problemas.
Depois disso o City se impôs, se posicionou e tomou as ações da partida. A inter continuava mordendo, mas postada atrás da linha da bola, armando um contra-ataque. Até que aos 35, De Bruyne, o melhor jogador do Manchester precisou ser substituido. Uma baixa gigante para o time inglês. A saida de campo do belga, notoriamente deu um um ânimo na equipe italiana.
O tempo foi passando e foi o fim do primeiro tempo. Foram 45 minutos muito brigados, de um nivel técnico altíssimo, não se via um passe errado, nenhum erro. A Internacionale que é tecnicamente inferior, deu uma aula de posicionamento, mesmo tendo pouco a bola, foi taticamente perfeita. Já a equipe inglesa, mesmo tomando as ações da partida, tendo a maior posse de bola, se esperava mais, pois foi pouco criativa e com lenta troca de passes. Foi uma primeira etapa de pouca inspiração inglesa.
O 2º tempo começou nervoso, faltoso, mas muito parecido com o final da primeira etapa. O City com a bola tentado furar a excelente defesa italiana. Já a equipe de Milão tentando um contra-ataque.
E a Inter proporcionou o primeiro lance perigoso da etapa complementar. Aos 13, depois de uma bobeira do City, Bernardo Silva tocou para trás, e Akanji esqueceu da bola, que sobrou para Lautaro. Ele dominou dentro da área e chutou em cima de Ederson. Foi uma chance incrível de abrir o placar.
Mas aos 22, a técnica venceu a experiência. A muralha foi quebrada. Akanji achou passe sensacional para Bernardo Silva, que entrou quase na pequena área e tocou para trás. A bola sobrou limpa para Rodri, que bate colocado, no canto direito de Ederson, que não pôde fazer nada. Manchester City 1 x 0.
No lance seguinte, aos 25, um lance incrível. Depois da bola alçada na área do City, Dumfries desviou e a bola sobrou para Dimarco. Ele tentou duas vezes de cabeça. A primeira pegou no travessão, e a segunda bateu no Lukaku. Seria o gol de empate se o atacante não estivesse atrapalhado.
O tempo ia passando, o relógio ia correndo para a Inter. O jogo estava aberto, era lá e cá. Mas naquele momento era nítido a qualidade do time inglês, era superior em campo, concluia melhor as jogadas. Se esperava mais o segundo do City do que o empate italiano.
E quando todos achavam que a Internacionale estava morta, que era só esperar o tempo passar para o City levantar a orelhuda. A equipe italiana perde um gol inacreditável. Aos 43 minutos do segundo tempo. Depois de um cruzamento na área, Gosens desviou de cabeça, a bola sobrou na frente do Lukaku e ele cabeceou a menos de 2 mestros do gol. Mas Ederson salvou com o joelho, e depois Rúben Dias afastou. O goleirão brasileiro foi gigante.
E não teve tempo mais para a Internacionale. Termina o jogo. 1 x 0. O Manchester City é campeão! Ninguém merecia este título mais que o City, ninguém jogou melhor do que os comandados de Pep Guardiola e agora entra para o seleto grupo de campeões da liga dos campeões. Finalmente o Manchester City se junta aos gigantes do futebol mundial.
Escalações:
Internacionale de Milão: Onana; Darmian (d’ambrosio), Acerbi e Bastoni (Gosens); Dumfries (Bellanova), Barella, Çalhanoglu (Mkhitaryan), Brozovic e Dimarco; Lautaro Martínez e Dzeko.
Manchester City: Ederson; Akanji, Rúben Dias e Aké; Stones (Walker) e Rodri; Gündogan, De Bruyne (Foden), Bernardo Silva e Grealish; e Haaland.