Outubro de 2022. O caso de duas jovens brasileiras, supostamente vítimas de tráfico humano, viraliza nas redes sociais e coloca holofotes sob outra figura, já conhecida no mundo das subcelebridades, no Brasil e no exterior: a coach Katiuscia Torres Soares, também conhecida como Kat A Luz. Relatos publicados por familiares e amigos na web acusavam Kat de comandar uma seita ligada a uma rede de prostituição.
Enquanto a trama ganhava episódios cada vez mais enigmáticos, um dos maiores podcasters brasileiros acompanhava tudo por trás das telas. Com um faro para boas histórias, Chico Felitti, autor de o A Mulher da Casa Abandonada e O Ateliê, decidiu investigar a história a fundo e entender como Kat Torres foi de “suposta ex-affair de Leonardo Di Caprio” a uma provável criminosa. O resultado é o podcast A Coach, produzido em parceria com a Wondery, da Amazon Music, e disponível nas plataformas de música a partir desta quarta-feira (27/9). Serão nove episódios, sendo os dois primeiros lançados simultaneamente.
Kat Torres está presa desde o ano passado, após ser detida pela imigração americana e deportada ao Brasil. Em seu novo podcast, Chico Felitti não se limita a ir ao Complexo Penitenciário Santo Expedito, em Bangu, no Rio de Janeiro, para uma tentativa de falar com a acusada. Ao longo de nove episódios, o jornalista também investiga como as primeiras machetes da paraense surgiram na imprensa internacional e entrevista personagens ainda desconhecidos por quem acompanhou a história desde o começo. Entre eles, um herdeiro de Hollywood com quem a influencer se encontrava com frequência em rituais de ayahuasca.
“Nesse caso eu parto do lugar de espectador, do lugar de uma pessoa que ficou no Twitter louco, lendo tudo o que se publicava. Então, ao mesmo tempo que é preciso pensar que a série precisa falar com quem nunca ouviu falar — minha mãe, por exemplo, nunca tinha ouvido falar da Kate Torres, mesmo sendo tuiteira —, mas que ao mesmo tempo contemple as pessoas mais fissuradas por esse caso, que até já investigaram por conta própria. Muita gente fez isso”, conta Chico Felitti ao Metrópoles.
Chico revela, inclusive, que dedicou um episódio à contribuição das redes sociais para o caso. “Eu preciso ir muito além do que a internet apresentou e preciso trazer a internet pra dentro dessa história como um personagem, foi isso que eu fiz. Tem episódio que é só sobre investigações da internet e como cada uma foi dando em um canto, muitas entravam em descaminhos, em teorias da conspiração que não eram verdade, mas muita gente descobriu informação que era legítima e que ajudou na investigação e que ajudou na denúncia desses possíveis crimes”, destaca.
com informações do portal Metrópoles