O comerciante Jaison Costa Serra, denunciado pelo Ministério Público por envolvimento na chacina do Guamá, que resultou na morte de 11 pessoas, vai continuar respondendo ao processo preso, já que o habeas corpus liberatório impetrado pela defesa dele foi negado por unanimidade, em reunião colegiada da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Pará.
A defesa alegou constrangimento ilegal por falta de fundamentação da prisão, argumentando que Jaison não participou do planejamento do crime e não forneceu armas. E que sua panificadora, na Rua Pariquis, esquina com a Travessa 14 de Abril, era bastante frequentada por diversas pessoas e que ele não cedeu o espaço de seu comércio para a reunião dos executores do crime.
O relator, desembargador Rômulo Nunes, ressaltou que a prisão está fundamentada de acordo com a legislação penal, permanecendo no processo os motivos que a ensejaram, como a garantia da ordem pública.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, a Chacina do Guamá ocorreu no dia 19 de maio deste ano, por volta das 15h50, quando homens armados da Polícia Militar e outros invadiram o Wanda’s Bar, na Passagem Jambu, nº 52, no bairro do Guamá, executaram 11 pessoas e balearam mais uma. Conforme o MP, o alvo da missão criminosa seriam apenas duas pessoas.
Além de Jaison, foram denunciados os policiais militares Pedro Josimar Nogueira da Silva, José Maria da Silva Noronha, Leonardo Fernandes de Lima e Wellington Almeida Oliveira. Estavam ainda na ação criminosa Ian Novic Correa Rodrigues, Edivaldo dos Santos Santana e Jonatan Albuquerque Marinho.
Os PMs Josimar, José Maria e Leonardo foram apontados como os autores dos disparos no interior do bar.
As vítimas foram Alex Rubens Roque Silva; Flávia Telles Farias da Silva; Leandro Breno Tavares da Silva; Maria Ivanilza Pinheiro Monteiro; Márcio Rogerio Silveira Assunção; Meire Helen Sousa Fonseca; Paulo Henrique Passos Ferreira; Samara Santana da Silva Maciel; Samira Tavares Cavalcante; Sergio dos Santos Oliveira e Tereza Raquel Silva Franco.
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