Por Paulo Chacon
Depois de um quarto lugar nas classificatórias, a equipe feminina do Brasil melhorou seu rendimento e conquistou a medalha de prata no Mundial de Ginástica Artística, realizado na Bélgica. Nesta quarta-feira, o time liderado por Rebeca Andrade e Flávia Saraiva cresceu na decisão, principalmente com as apresentações no solo e passagem pelo salto, fez 165,530 e ficou entre as três melhores pela primeira vez. Jade Barbosa, Lorraine Oliveira e Julia Soares também competiram na decisão. Simone Biles liderou os Estados Unidos e conquistou sua 20ª medalha de ouro em mundiais na carreira. O terceiro lugar foi da França com 164,064.
O Brasil começou sua participação na final por equipes pelos aparelhos que o time brasileiro tinha mais dificuldade. Desta forma, as brasileiras chegaram na metade da decisão brigando para ficar com o quinto lugar. Contudo, as apresentações no solo e no salto impulsionaram a equipe e fizeram com que a primeira medalha por equipes da ginástica brasileira fosse confirmada.
A FINAL DO BRASIL
O dia da seleção brasileira na final de equipes femininas do Mundial de Ginástica Artística começou com as atletas se apresentando nas barras assimétricas. A primeira atleta do País a competir foi Lorraine Oliveira. Sem erros e com uma saída cravada, a atleta teve 13,166 de nota. Na sequência, foi a vez de Rebeca Andrade, o grande nome da delegação brasileira na Bélgica.
Arrancando aplausos de todo o público presente no ginásio durante toda sua apresentação, Rebeca Andrade também conseguiu uma saída cravada e teve 14,400 como pontuação. Fechando a participação brasileira no aparelho, Flavia Saraiva teve um 13,733 e fez a equipe somar 41,299.
O segundo aparelho da equipe brasileira foi a trave. Diferentemente das barras assimétricas, Julia Soares fez parte da equipe e abriu a participação do País. Em sua apresentação, sofreu uma queda e teve um total de 12,200, um ponto a menos do que tinha feito na classificatória. Finalista do aparelho na Rio 2016, Flavia Saraiva teve uma apresentação limpa e somou 14,066
Fechando a rotação brasileira na trave, Rebeca Andrade foi para a sua apresentação. Com alguns desequilíbrios durante a apresentação e com uma saída com um grande passo, a brasileira fechou com 13,133. Desta forma, as brasileiras terminaram as apresentações com um total de 39,399, se descolando das primeiras posições na classificação de momento.
BEYONCE E ANITTA LEVANTAM O BRASIL
A série de apresentações da equipe brasileira no solo levantou todo o ginásio. Usando pela primeira vez em uma competição sua nova música, que é um combinado de músicas de Beyoncé e Anitta, Rebeca Andrade “parou” a competição. Com todos os movimentos cravados, a brasileira terminou com 14,666, a maior nota do aparelho na final por equipes.
Na sequência, Julia Soares foi para sua apresentação no solo. Com movimentos com um grau de dificuldade um pouco menor do que os apresentados por Rebeca, Julia terminou com 13,600. Já Flávia Saraiva também levantou o público. Apostando na questão artística e nos movimentos cravados, a ginasta ficou com 13,900 de nota final e recolocou o Brasil na briga pelo pódio.
Fechando a participação do Brasil na final por equipes no Mundial de ginástica artística, as atletas passaram pelo salto. Preparada para competir somente neste aparelho na disputa desta quarta-feira, Jade Barbosa abriu as tentativas brasileiras e teve 13,933 como nota.
Em seguida, Flávia Saraiva também conseguiu uma salto quase que perfeito. Com uma saída cravada, a brasileira fechou com 13,833 e manteve o Brasil virtualmente no pódio. Para fechar a participação verde e amarela na decisão por equipes, Rebeca Andrade conseguiu um 14,900, repetindo sua nota na classificatória, e deixou o País com um total de 165,530, no segundo lugar geral.
(AE)