A Polícia Federal (PF) vem aumentando suas ações no Aeroporto Internacional de Belém, no bairro de Val-de-Cans, resultando em quatro prisões de estrangeiros em apenas um mês. De acordo com informações da PF, a maioria dessas detenções está relacionada ao tráfico de drogas e ao uso de documentos falsificados.
Os suspeitos, uma vez presos, enfrentam dificuldades em retornar aos seus países de origem devido aos pedidos de prisão preventiva feitos pela PF ou pelo Ministério Público Federal (MPF). Os crimes mais frequentes cometidos por esses estrangeiros incluem tráfico de drogas e descaminho, que é o desvio de mercadorias para evitar tributação.
No último mês, foram selecionados alguns casos pela reportagem de O Liberal. Em um deles, ocorrido em 5 de fevereiro, uma americana e mais duas pessoas foram presas sob suspeita de descaminho em um voo procedente dos Estados Unidos da América (EUA). Em outro caso, no dia 3 de fevereiro, uma francesa foi detida por tráfico de drogas enquanto embarcava para Dublin, na Irlanda.
A mais recente prisão ocorreu durante uma fiscalização de rotina em um voo com destino a Lisboa, Portugal, onde a suspeita faria conexão para Dublin. A droga estava oculta em fundos falsos de solas de sapatos. Segundo o delegado Bruno Mota de Lima, chefe da Delegacia de Imigração da PF, a cocaína é produzida principalmente na Colômbia, Peru e Bolívia, e o Brasil acaba sendo utilizado como rota de distribuição para a Europa e os EUA.
Após as prisões, os estrangeiros são mantidos em Belém devido à prisão preventiva, já que muitas vezes seus países de origem não os extraditam. Após o cumprimento da pena no Brasil, é iniciado um processo de expulsão, proibindo-os de retornar ao país pelo dobro do tempo da pena cumprida.
A PF ainda não possui dados sobre o número de estrangeiros presos nos últimos dois anos, mas enfatiza a importância de suas operações para combater crimes transnacionais e proteger a segurança nacional. Do Ver-o-Fato, com informações do portal O Liberal