Um incidente violento que chocou passageiros de um ônibus da empresa Transarapari, em Barcarena, terá desdobramentos na justiça. A jovem vítima, que sofreu agressões físicas, já está tomando medidas legais para responsabilizar a agressora e buscar reparação pelos danos físicos e emocionais sofridos. O caso foi divulgado ontem pelo Ver-o-Fato.
Os advogados Carlos Baía e Pedro Mendes informaram que a jovem ainda está profundamente abalada e que ações legais serão movidas para compensar os danos materiais, psicológicos e morais.
O caso ocorreu na manhã de ontem, 5, quando a estudante de 18 anos se dirigia de Barcarena a Abaetetuba para realizar um teste de habilitação. Infelizmente, ela não conseguiu chegar ao seu destino devido ao violento incidente dentro do ônibus da empresa Arapari.
Testemunhas e vídeos compartilhados nas redes sociais mostram a brutalidade do ataque, que começou quando a jovem, ao entrar no ônibus lotado, viu uma poltrona desocupada ao lado de um adolescente. Após perguntar se o lugar estava livre e receber uma resposta afirmativa, ela se sentou. Pouco depois, foi abordada pela agressora, que, sem aviso, puxou o cabelo da estudante.
Surpreendida e sem entender o motivo do ataque, a jovem tentou se defender com um tapa, mas foi subjugada pela agressora, que tinha maior força e estatura. A situação se agravou quando, em meio à confusão, a estudante perdeu seus óculos, o que dificultou ainda mais sua defesa. Socos no corpo, nos braços e nos lábios deixaram marcas físicas e emocionais profundas na vítima.
A agressora alegou, em depoimento à polícia, que havia instruído seu sobrinho a guardar a vaga para outra pessoa. Quando viu a jovem sentar-se, teria apenas “pegado na cintura” dela para levantá-la, mas recebeu um tapa e revidou.
No entanto, as evidências e o depoimento da vítima, corroborados por testemunhas, indicam uma agressão muito mais severa. Quando os pais da jovem chegaram ao local, encontraram sua filha com o nariz sangrando, e um exame de corpo de delito realizado no Hospital Municipal Wandick Gutierrez confirmou a gravidade das lesões.
O caso agora seguirá para a justiça, onde a defesa da estudante pretende provar, com base em testemunhas e outras evidências, que a jovem foi alvo de uma agressão desproporcional e covarde.
Além disso, será apresentada uma queixa contra a empresa de transporte, por negligência ao não intervir no momento da agressão, permitindo que a situação se desenrolasse sem qualquer tentativa de contenção.