A autora Paula Richard, responsável pela novela Jesus (2018) da Record TV, está processando a emissora por intolerância religiosa. Segundo Paula, ela e outros colegas teriam sido demitidos por não terem se convertido à religião evangélica. A emissora nega as acusações.
De acordo com o portal Notícias da TV, Paula estaria pedindo uma indenização de R$ 5,6 milhões. A autora cita no processo que outros funcionários teriam passado pelo mesmo problema. Nomes como Joaquim Assis, Camillo Pellegrini, Emílio Boechat e Cristiane Fridman são citados.
Paula diz no processo que sofreu intolerância religiosa de Cristiane Cardoso, diretora de dramaturgia da Record e filha de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal. “Cristiane Cardoso estava determinada a ter apenas membros da Igreja Universal escrevendo na Record TV – o que constitui, a toda evidência, inaceitável discriminação de cariz religioso”, diz um trecho do processo ao qual o portal teve acesso.
Em comunicado à imprensa, o canal negou as acusações. “A Record TV vem a público declarar que é contra qualquer tipo de intolerância, inclusive a religiosa. Portanto, o Grupo Record anuncia que tomará todas as providências judiciais necessárias com relação a acusação sofrida”, escreve a emissora.
Além de Jesus, Paula escreveu para outros folhetins religiosos como Os Dez Mandamentos (2005) e Rico e Lázaro (2017). O processo fala que ela sempre agiu respeitosamente com relação às crenças de quaisquer pessoas. “A autora nutre profundo respeito pela denominação religiosa dos donos da emissora em que laborou por tantos anos, mas esse respeito não foi recíproco”, diz um trecho.
Paula também colaborou em novelas sem temática religiosa como Vidas Opostas (2006), Chamas da Vida (2008) e Ribeirão do Tempo (2010).
(AE)