Falar sobre saúde mental ainda pode ser um tabu para algumas pessoas, mas a pandemia mostrou o quanto é importante discutir temas como ansiedade, depressão e síndrome de burnout. Mais do que isso, buscar ajuda profissional é imprescindível para identificar e tratar transtornos mentais. Felipe Neto deu visibilidade ao assunto no sábado, 1º, ao compartilhar a própria experiência e incentivar que as pessoas não enfrentem o problema sozinhas.
No Instagram, o youtuber publicou um relato sobre enfrentar a depressão e diz ter chegado ao “fundo do poço”. Diferente do que se pode imaginar, não basta “levantar da cama”, “sair de casa” ou “ir para as Maldivas” para que tudo se resolva. “Não há força que nos faça querer ir para as Maldivas”, disse.
Ele disse que, pelas redes sociais, tem recebido mensagens de carinho, mas também de ódio, que pode se tornar uma agravante em casos de transtornos mentais.
Em 27 de dezembro, a assessoria de imprensa de Felipe Neto comunicou sobre o término do relacionamento dele com a influenciadora Bruna Gomes e reforçou que ele continuaria afastado das redes sociais “pelo tempo que julgar necessário, até se sentir totalmente preparado para voltar”.
No relato, o youtuber se solidarizou com quem enfrenta problemas tão ou mais graves do que o dele e buscou conscientizar o público sobre lidar com transtornos mentais. “Eu sei que muitos que estão lendo isso estão com dores ainda maiores. E nesse momento, preciso que todos entendam: a gente não vence sozinho”, disse.
Ele comparou que tentar enfrentar a depressão sozinho é como entrar em campo de futebol sozinho, sem goleiro e tentar vencer um time completo. “Você não vai vencer. Eu só estou aqui, de pé, porque desde que afundei, meus amigos organizaram um rodízio para ficar sempre gente na minha casa, 24 horas”, contou.
A família tem sido outro suporte para o comunicador, assim como o amor que tem recebido dos fãs. Mas reconhece: “acho que nada disso estaria realmente funcionando se eu não estivesse com acompanhamento psiquiátrico e medicação”. Ao destacar a importância de buscar ajuda profissional, Neto fez mais uma analogia. “A depressão é uma doença da mente, como a gastrite é uma doença do estômago. Amigos e família fazem você se sentir melhor, mas sem remédio, você não vai curar essa gastrite. Enfim, o resumo é: busque ajuda. Não enfrente sozinho.”
Saiba mais sobre depressão
A depressão é um distúrbio mental geralmente caracterizado pela presença de tristeza, pessimismo e baixa autoestima, sintomas constantes e que podem aparecer de forma simultânea. Entre os sinais mais comuns estão: mudanças de hábitos, alteração do sono, irritabilidade, falta de interesse por atividades que antes davam prazer, isolamento e alterações cognitivas, como esquecimento e falta de concentração.
Um dos critérios para diferenciar a depressão de uma mudança de humor passageira é justamente a duração dos sinais e sintomas e o quanto eles interferem no dia a dia da pessoa. É necessário consultar um profissional especializado, como psicólogo ou psiquiatra, para fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento. A doença se apresenta de formas diferentes em cada pessoa, o que requer atenção e manejo personalizados.
O tratamento é essencialmente medicamentoso, mas outros artifícios podem ser aplicados em conjunto, como psicoterapia, atividades físicas, alimentação adequada e higiene do sono.
Abaixo, leia o relato completo de Felipe Neto:
(AE)