Seis dias depois de desaparecer sem deixar vestígios, Maria Lúcia Mascarenhas dos Santos, de 34 anos, foi encontrada morta e enterrada no quintal da própria casa, no Bairro do 40 Horas, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. De acordo com a polícia, ela foi mais uma vítima de feminicídio.
O acusado da morte da mulher, que trabalhava como doméstica, é o próprio companheiro dela, Luan Charles Corrêa Brandão, usuário de drogas e sem ocupação. Ele foi preso em flagrante e vai responder ainda por ocultação de cadáver.
O corpo da vítima só foi encontrado na tarde de ontem (7), já em avançado estado de decomposição, enterrado no quintal da casa onde ela morava com o assassino. Ela havia sumido desde sábado, segundo dia do ano, sem que ninguém sentisse falta, porque ela passava dias trabalhando fora para sustentar a casa e o assassino.
Mas o sumiço prolongado despertou suspeitas de familiares, que começaram a fazer buscas por ela. De acordo com vizinhos, Luan Brandão agia normalmente na residência, tentando disfarçar e até começou a cavar uma fossa na frente da casa para desviar a atenção da vizinhança e dos parentes da vítima.
O crime só foi descoberto, porque o assassino acabou confessando para a irmã dele que havia matado a mulher e enterrado o corpo no quintal da casa. A própria família dele procurou a Seccional Urbana da Cidade Nova e informou aos policiais o local onde o corpo estava enterrado.
Ele ainda ficou por perto observando a movimentação dos vizinhos, da polícia e dos peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves durante a retirada do corpo e acabou preso em flagrante por feminicídio.
De acordo com informações de vizinhos, a vítima sofria agressões constantes do companheiro, que já havia tentado matá-la. Mesmo aconselhada a deixar o agressor e registrar queixa contra ele, ela manteve o relacionamento.
Luan Brandão, todos sabiam na vizinhança, era usuário de drogas e não trabalhava, passando o dia se drogando, sendo sustentado pela companheira.
O cadáver da vítima foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), mas devido ao estado de decomposição não foi possível apontar de que forma ela foi assassinada.
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