O cenário de insegurança na Região Metropolitana de Belém ganhou mais um triste episódio na noite de ontem, quando um grupo de criminosos arrombou uma loja e furtou diversos produtos no bairro do Paar, em Ananindeua. A ação não se tratava apenas de um roubo isolado, mas de uma prática cada vez mais comum: a “taxa do crime” – uma taxa imposta por facções criminosas e milícias a comerciantes da região, que são intimidados a pagar uma quantia em troca de “segurança” e para evitar ataques a seus negócios.
O empresário, vítima deste ataque, relatou que já havia recebido ameaças e exigências de pagamento, mas após resistir, teve a loja invadida e saqueada pelo grupo, que danificou a porta e deixou um rastro de destruição. Em resposta ao incidente, a Polícia Militar e a Guarda Municipal de Ananindeua iniciaram operações para localizar os suspeitos, e alguns deles já foram identificados.
A ação, porém, evidencia o aumento da influência de organizações criminosas sobre o comércio local e o clima de medo entre os comerciantes, que, diante da violência, temem denunciar ou resistir às exigências.
Nas redes sociais, moradores e comerciantes da região expressam revolta e tristeza com a crescente insegurança. Comentários sobre a “taxa do crime” e críticas à situação atual da segurança pública se multiplicaram: “A cidade ficando cada vez mais perigosa e tomada pela bandidagem, e o nosso governador colocando no jornal dele que está caindo o número de crimes”; “Daqui a pouco, até pra gente morar na nossa própria casa vamos ter que pagar taxa para o crime”, lamentou outro internauta. “O crime organizado tá dominando, ou já não domina, o estado do Pará! Lamentável, mas enquanto isso o governador usa de sensacionalismo pra enganar a maioria do povo.”
Casos semelhantes ao ocorrido no Paar têm se tornado frequentes na Região Metropolitana de Belém, onde a “taxa do crime” cresce como uma ameaça constante à população local, já que qualquer resistência é revidada com violência e destruição. As forças de segurança, que intensificaram operações na área, afirmaram que o combate à extorsão e ao crime organizado é prioritário, mas o problema persiste, reforçando o temor entre a população.
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