Um incêndio devastador atingiu ontem uma casa na rua Pará, no bairro Jardim Uirapuru, em Altamira, sudoeste do estado, resultando na morte de dois irmãos, uma criança de quatro anos e um adolescente de 13, que faria aniversário no próximo dia 28 de novembro. A tragédia comoveu a comunidade e levantou questões sobre as condições de segurança em residências da região.
O fogo teve início por volta das 11h55 e se alastrou rapidamente, consumindo parcialmente a residência. No momento do incidente, os irmãos estavam sozinhos na casa enquanto a mãe trabalhava. Testemunhas relataram tentativas desesperadas de apagar as chamas, mas o avanço rápido do fogo impediu o resgate das vítimas.
De acordo com informações da Polícia Militar, os irmãos tentaram se refugiar no banheiro, acreditando ser um local seguro. No entanto, esse foi o ambiente que mais sofreu com o superaquecimento e o acúmulo de fumaça, causando a morte por asfixia.
O Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) e a Polícia Militar isolaram a área e trabalharam para controlar as chamas. Outras duas pessoas foram socorridas e encaminhadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram a casa parcialmente destruída e o trabalho das equipes de resgate no local. Os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), enquanto peritos da Polícia Científica analisaram a cena para identificar as causas do incêndio.
A Polícia Civil de Altamira confirmou que as circunstâncias do incidente estão sendo investigadas. “Perícias foram solicitadas e testemunhas serão ouvidas para auxiliar na elucidação do caso”, informou a corporação em nota.
A tragédia abalou os moradores do Jardim Uirapuru, que acompanharam a ação dos bombeiros e a chegada dos familiares das vítimas. Ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também prestaram suporte às pessoas em estado de choque.
“É uma dor que ninguém consegue descrever. Perder dois filhos assim, de uma vez, é um sofrimento sem fim”, comentou uma vizinha, que preferiu não se identificar.