Na tarde desta quarta-feira (11), a jovem Raquel Portugal Silva, de apenas 16 anos, foi brutalmente assassinada a tiros no bairro de Rio das Pedras, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, o crime foi motivado pela recusa da adolescente às investidas de um suposto miliciano. O suspeito, que permanece foragido, efetuou um disparo à queima-roupa na cabeça da vítima. Raquel deixa um filho de apenas um ano de idade.
Testemunhas relataram que o homem teria abordado a jovem mais de uma vez antes do ocorrido. Sem qualquer tipo de relação com o suspeito, Raquel rejeitou as tentativas de aproximação. Insatisfeito com a recusa, o homem se afastou, mas retornou armado. Após uma breve discussão, ele atirou contra a adolescente, que foi levada em estado grave para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Apesar dos esforços da equipe médica, a jovem não resistiu aos ferimentos. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML).
Em nota, a Polícia Militar informou que equipes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) foram acionadas para o hospital e que a ocorrência foi registrada na 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca). Investigações preliminares apontam para a participação de um indivíduo ligado à milícia local, embora a identidade do suspeito ainda não tenha sido confirmada.
O caso gerou comoção e revolta entre moradores da região, que lamentaram a violência e a falta de segurança em Rio das Pedras. Uma amiga da vítima, que preferiu não se identificar, declarou: “Raquel era uma menina cheia de vida, uma mãe dedicada. É revoltante ver como a violência e a impunidade destroem vidas”.
Organizações de defesa dos direitos humanos também se manifestaram, cobrando uma resposta rápida das autoridades e reforçando a necessidade de combater o poder das milícias na região. “Não é apenas um crime isolado, mas um reflexo da falta de enfrentamento às organizações criminosas que aterrorizam as comunidades”, afirmou um representante de uma ONG local.
A morte de Raquel Portugal Silva é mais um triste episódio que evidencia a urgência de medidas eficazes para coibir a violência e proteger os moradores das áreas controladas por milícias no Rio de Janeiro. Enquanto isso, a família e amigos aguardam por justiça para a jovem que teve a vida interrompida de forma tão cruel.
Do Ver-o-Fato, com informações do extra.globo.com