A distinta parceria do Sepultura com a Orquestra Sinfônica Brasileira, o show espetaculoso e teatral do Iron Maiden e a aplicação técnica do Dream Theater marcaram o primeiro dia do Rock in Rio. Gritando “Sepultura do Brasil”, a banda iniciou, no fim da tarde desta sexta-feira, 2, as apresentações no Palco Mundo, que contou ainda com a francesa Gojira, conhecida pelo ativismo ambiental nas letras das músicas.
Cerca de 100 mil pessoas foram à Cidade do Rock na primeira data do evento. Em 7 dias, o festival espera receber 700 mil pessoas. A aglomeração gerou filas para comer, tomar água, comprar souvenirs e para ganhar brindes em ações de patrocinadores. Mesmo com o grande público, o Rock Express – transporte que sai do Terminal Alvorada e da estação de metrô Jardim Oceânico – se mostrou rápido e eficiente.
Não só as atrações do Palco Mundo chamaram atenção do público na sexta-feira. A mistura de metal com punk da Black Pantera abriu o Palco Sunset e mostrou porque é um dos principais nomes do rock pesado brasileiro desde a década passada. Os mineiros exaltaram discursos anti racistas e dedicaram o show a Elza Soares.
No mesmo palco, a banda de Nova York, Living Colour, elevou o tom político. O show foi em memória a ex-vereadora do Rio Marielle Franco, assassinada em 2018. O vocalista Corey Glover exibiu um cartaz de papelão escrito “Vote” de um lado, e “Democracia” de outro. A plateia respondeu com um coro de cerca de 30 segundos contra o presidente Jair Bolsonaro, apesar das medidas da organização para evitar que a intensa disputa eleitoral interferisse na festa.
Para os inimigos do fim, o palco New Dance Order recebeu DJs até as 4h. A música eletrônica terá ainda mais espaço neste sábado, 3, com Alok abrindo o Palco Mundo. O dia também será de rap com destaque para Racionais MC’s e Post Malone.
(AE)