Com vida e carreira polêmicas, o ex-boxeador Mike Tyson criticou a produção da série “Mike: Além de Tyson”, baseada em sua biografia. Por meio de seu perfil no Instagram, o campeão dos pesos-pesados afirmou não estar envolvido e nem ter sido compensado financeiramente pelo projeto, liderado pelo canal de streaming Hulu. Além disso, acusou a produtora de se utilizar e “roubar sua história de vida”.
Tyson compara a série produzida com o passado escravocrata dos Estados Unidos. “Não seja enganado pelo Hulu. Não aprovo a história deles sobre a minha vida. Não estamos em 1822, é 2022. Eles roubaram a minha história de vida e não me pagaram. Para os executivos do Hulu, eu sou só um negro que eles podem vender num leilão de escravos”, desabafa.
Com quase 350 mil curtidas, Tyson recebeu o apoio de colegas e amigos em sua manifestação contra a Hulu. O ator Jamie Foxx e o lutador de MMA Francis Ngannou foram alguns que comentaram na publicação, em apoio ao ex-pugilista.
No Twitter, Tyson também se pronunciou contra a produção da série. “O Hulu roubou minha história. Eles são Golias e eu sou Davi. Cabeças vão rolar por isso. O modelo de roubar direitos de vida de celebridades é notoriamente ganancioso”, afirmou. Essa não é a primeira vez que o ex-lutador se manifesta em relação à produção da minissérie. Em 2021, quando foi anunciada pela Hulu, ele a categorizou como “apropriação cultural indébita”.
No início deste mês, o produtor executivo Steven Rogers (“Eu, Tonya”) e a produtora Karin Gist afirmaram que a intenção da série não é retratar Tyson como herói ou vilão. “Queríamos contar uma história imparcial e fazer com que o público decida o que sente”, disse Karin. Estrelado por Trevante Rhodes, a minissérie estreia na plataforma Hulu, nos EUA, no dia 25. No Brasil, o lançamento ocorre de forma simultânea, na plataforma de streaming Star+.
Tyson é ex-campeão mundial dos pesos pesados, conquistado o título aos 20 anos e permanecendo invicto de 1987 a 1990. Em sua vida pessoal, foi condenado a seis anos de prisão por agressão sexual, cumprindo metade da pena antes de receber a liberdade condicional.
(AE)