O local do massacre. A proprietária está entre os mortos da tarde sangrenta |
Cinco dos onze mortos já foram identificados na chacina praticada por um grupo de encapuzados que em motocicletas e carros chegaram atirando nas pessoas que estavam no “Vanda’s Bar”, localizado na Passagem Jambu, atrás do cemitério de Santa Isabel, no bairro do Guamá.
São eles: a dona do bar, identificada como Maria Ivanilza Pinheiro. Outras duas vítimas : Paulo Henrique e o DJ Leandro Brendo Tavares da Silva, 21 anos. A quarta é Samyra Tavares Cavalcante, 36 anos, além de Raquel da Silva Franco, 33 anos. As informações são da página Boletim de Ocorrências do Pará, uma das páginas policiais no Facebook de maior acesso no estado.
O homem de iniciais A.G.S – o Ver-o-Fato não divulgará o nome completo dele para preservar sua segurança e de familiares – foi baleado durante a matança, socorrido e levado para Unidade de Pronto Atendimento da Terra Firme. A testemunha, que estava no bar, foi escoltada por policiais militares e agora é mantida sob proteção, pois seu depoimento pode ser de grande importância para identificação dos criminosos, apesar de estes estarem encapuzados.
Quase todas foram baleadas na cabeça, segundo o secretário de segurança pública do Pará, Ualame Machado. Não há informações sobre a motivação do crime. O inquérito policial foi aberto e as primeiras pistas sobre os criminosos já estão sendo levantadas.
Diz a página Boletim de Ocorrências do Pará que um vídeo – repassado ao Ver-o-Fato, mas cuja divulgação não será feita no site por contrariar nossa linha editorial -, feito logo após o massacre, mostra as vítimas baleadas e caídas pelo estabelecimento. Uma mulher estava deitada em cima do balcão do bar. Havia mais pessoas no local, mas elas conseguiram fugir, segundo Machado.
O massacre desta tarde de domingo ocorre no momento em que os primeiros números da gestão do governador Helder Barbalho anunciaram uma queda de homicídios. De meados de abril para cá, porém, as mortes de policiais militares e de jovens em vários bairros, culminando nas 11 mortes de hoje, apontam para um recrudescimento dos homicídios. E também na atuação desafiadora de milícias, que parecem indiferentes às medidas do governo para contê-las.
Em nota enviada ao Ver-o-Fato, o Psol cobrou “providências imediatas do governo para que o Estado ponha fim a este banho de sangue e rompa com o perverso ciclo vicioso da impunidade”. Eis a nota, na íntegra: “Belém foi abalada mais uma vez, nesta tarde de domingo (19), com mais um crime bárbaro.
De acordo com informações divulgadas até o momento, homens encapuzados em veículos chegaram em um bar localizado na Passagem Jambu, no bairro do Guamá, o mais populoso de Belém, executando friamente 11 pessoas, a maioria com tiros na cabeça. Ao todo, cinco mulheres e seis homens morreram.
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