Doze grandes times de futebol da Europa (Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham oficializaram, neste domingo (18), a Superliga (uma competição entre eles), indo de encontro aos torneios da UEFA e da FIFA.
Outros três clubes são aguardados para a temporada inaugural, que começará “assim que for possível” segundo comunicado divulgado para a imprensa.
Presidida por Florentino Pérez, presidente do Real Madrid e como vices, Andrea Agnelli, presidente da Juventus e Joel Glazer, um dos donos do Manchester United; a superliga tem como intuito um torneio totalmente indenpendente da UEFA e FIFA, com administração própria e é claro, uma arrecadação significativamente maior que a recebida pelas entidades oficiais, fazendo com que os membros fundadores, tenham uma hegemonia financeira e consequentemente técnica , comparado as demais equipes do mundo.
Em comunicado, Florentino Pérez, presidente do Real Madrid e da Superliga declarou: “Vamos ajudar o futebol em todos os níveis e levá-lo ao seu devido lugar no mundo. O futebol é o único esporte global no mundo com mais de quatro bilhões de fãs e nossa responsabilidade como grandes clubes é responder aos seus desejos”.
Também se manifestou o Vice-presidente da Superliga, presidente da Juventus e ex-presidente da Associação Europeia de Clubes, Andrea Agnelli: “Nossos 12 clubes fundadores representam bilhões de fãs em todo o mundo e 99 troféus europeus. Nós nos reunimos nesse momento crítico permitindo que a competição europeia se transformasse, colocando o jogo que amamos numa base sustentável para o futuro a longo prazo, aumentando substancialmente a solidariedade e dando aos torcedores e jogadores amadores um fluxo regular de jogos de destaque que irão alimentar a sua paixão pelo jogo e, ao mesmo tempo, fornecer a eles um modelo atraente” .
Já ciente da criação da Superliga, depois de um artigo do jornal americano “The New York Times”, como não poderia ser diferente, a UEFA ameaçou punir severamente os clubes envolvidos e também proibir os jogadores de disputar competições pelas suas seleções. “Todos os clubes e jogadores que participarem da Superliga podem ser banidos de todas as competições da Uefa e Fifa, europeias ou internacionais”, disse a UEFA.
Como era de se esperar, a FIFA, entidade máxima do futebol se manifestou contrária a criação da superliga: “A Fifa quer esclarecer que está firmemente posicionada em favor da solidariedade no futebol e de um modelo de redistribuição justo. A Fifa sempre defende a unidade no futebol mundial e apela a todas as partes envolvidas nas discussões acaloradas a se engajarem em um diálogo calmo, construtivo e equilibrado para o bem deste jogo”.
A ECA (Associação Europeia de Clubes) também se manifestou contra a crição da superliga e declarou apoio a UEFA, em nota: “A ECA mantém-se na posição aprovada no seu Comitê Executivo de 16 de abril, ou seja, apoia o compromisso de trabalhar com a UEFA numa nova estrutura para o futebol europeu como um todo após 2024”.
Além da Eca, todas as outra ligas também apoiram a UEFA, tais como: Premier League (Inglaterra), Bundesliga (Alemanha), Serie A (Itália), La Liga (Espanha) e Ligue 1 (França). Os últimos finalistas da Champions Legue (Bayern e Paris Saint-Germain), também se recusaram a participar da Superliga.
Caso a Superliga se concretize e as punições prometidas pela UEFA sejam cumpridas, resta apenas o Paris Saint-Germain como participante desta atual Champions Legue, pois os outros semifinalistas, Manchester City, Real Madrid e Chelsea, são membros da superliga, ou seja, a taça do torneio, cairia no colo do time francês e com grandes chances do prêmio de melhor jogador do mundo, cair no colo de Neymar.
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