O deputado estadual Thiago Araújo (Cidadania), candidato a prefeito de Belém com apoio do atual prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), garantiu em entrevista ao Programa Ver-o-Fato Entrevista – Eleições 2020, que o novo gestor da capital paraense vai assumir a prefeitura com cerca de R$ 900 milhões disponíveis para investimentos.
“Ao contrário de R$ 1 bilhão de dívida, o próximo prefeito vai pegar, de cara, cerca de R$ 900 milhões para investimentos, sendo 80 por cento dos R$ 550 milhões destinados ao programa de macrodrenagem da bacia da Estrada Nova; R$ 174 milhões para a urbanização da Augusto Montenegro; R$ 200 milhões para o BRT Centenário e cerca de R$ 82 milhões para a modernização tributária”, afirmou o candidato.
De acordo com o candidato, além disso, o Município de Belém ainda tem capacidade de endividamento de mais R$ 1, 2 bilhão para obras estruturantes. Caso eleito, ele afirmou que pretende logo no primeiro ano reduzir o custeio da máquina pública em até 15 por cento.
Thiago Araújo é o mais jovem candidato à Prefeitura de Belém, mas disse que já tem 10 anos de vida pública, com um mandato de vereador e dois de deputado estadual e tem formação em gestão pública. Falou que tem uma equipe técnica qualificada que está aprimorando o seu plano de governo, que será o pontapé inicial para a Belém do futuro.
O candidato garantiu que tem compromisso, sim, mas com os acertos da atual administração municipal, que pretende dar prosseguimento a médio e longo prazo. Autor de um pedido de impeachment contra o governador Hélder Barbalho (MDB), o deputado confirmou que tem “diferenças extremas” com o chefe do executivo estadual.
Para ele, porém, no caso de se tornar prefeito, vai manter uma relação institucional com o executivo estadual, “não com o governador Hélder Barbalho, mas sim com o Estado do Pará”. Ele também pretende buscar recursos com o presidente Jair Bolsonaro para conseguir realizar os projetos que Belém precisa.
Sobre a questão crônica dos alagamentos em Belém, que afetam mais de 600 mil habitantes, o candidato disse que a manutenção das bacias e dos canais não é barata e não há orçamento para bancar obras, sendo a saída buscar recursos com o governo federal para tentar enfrentar o déficit de obras de macrodrenagem em Belém.
Inicialmente, salientou, é preciso desassorear de forma urgente a macrodrenagem do Uma e conseguir recursos para outras obras como a do Tucunduba, por exemplo. Conforme o deputado, Belém gasta R$ 20 milhões com coleta de lixo e entulhos e mais R$ 15 milhões com drenagem de canais por ano.
Na área de saúde, ele disse que pretende fortalecer a atenção básica para dar atendimento de melhor qualidade para a população, duplicando a equipe de saúde da família para aumentar de 50% até alcançar 80% a atenção básica em Belém. Também planeja reduzir o déficit de exames na rede pública municipal, além de ampliar o número de leitos e de médicos.
Na área de educação, anunciou que na condição de prefeito vai criar 8.500 vagas para creches e pré-escolas e até o final de 2021 pretende implantar ar condicionado em todas as unidades educacionais, com internet e equipamentos necessários para o bom desenvolvimento dos alunos.
Sobre o ordenamento do trânsito na capital, o candidato disse que vai ficar dinheiro em caixa para o BRT Centenário, que vai ser outro corredor para desafogar o trânsito no Centro da cidade, mas, principalmente, tem que haver licitação para o transporte público.
“Com a licitação, 20 por cento da frota de coletivos tem que ter ar condicionado, sem aumento do preço da passagem. Tem que planejar a troca da frota, que é antiga, mas precisa licitar, porque dá mais segurança ao operador também. Do jeito que funciona hoje, o prefeito pode tirar a hora que quiser o direito do operador de transporte”, completou.
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