A influenciadora Gabrielly Miguel, famosa por seu perfil “Casal Maloka” nas redes sociais, recentemente passou por um procedimento estético agressivo de peeling químico, utilizando ácido tricloroacético (ATA) combinado com cróton, que promove uma troca profunda da pele facial. Gabrielly, que ganhou visibilidade ao compartilhar sua rotina de ex-moradora de rua junto ao ex-companheiro Douglas Martins, dividiu com os seguidores detalhes do tratamento estético e os desafios da recuperação.
O peeling de ATA e cróton é um procedimento de profundidade média a alta, segundo a dermatologista Maria Cristina Fernandes, e visa destruir as camadas superficiais da pele, promovendo a regeneração e um aspecto rejuvenescido. “O ácido ATA é um agente de média profundidade, enquanto o cróton é ainda mais potente e pode ser usado em combinação para intensificar o efeito. Isso torna o peeling mais agressivo e profundo”, explicou a dermatologista.
Superação e um novo começo
Desde que ficou conhecida nas redes sociais, Gabrielly compartilha sua jornada de superação. Em vídeos publicados nos primeiros dias após o procedimento, Gabrielly mostrou a pele descamando, avermelhada e inchada, e usou um áudio onde expressava estar em um “processo de cura”. Ela relatou aos seguidores que a frase reflete a dor e os traumas enfrentados ao longo de sua vida. “Todo bullying e trauma que a internet me trouxe por conta da minha aparência, por ter morado seis anos na rua, pegando reciclagem, usando crack”, desabafou.
Gabrielly, que morou nas ruas de Santos, litoral de São Paulo, e hoje tem um estilo de vida completamente transformado, vê o procedimento estético como um marco na superação de sua antiga realidade. “Estou removendo as cicatrizes de uma fase ruim e triste que tive”, comentou, ressaltando que o peeling simboliza o encerramento de um ciclo de dor e sofrimento.
O que é o peeling de ácido tricloroacético com cróton?
O procedimento de peeling químico consiste em aplicar substâncias que destroem camadas superficiais da pele para promover a regeneração. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), isso melhora a textura e a aparência geral do rosto. O ATA, detalha a dermatologista Maria, é um dos agentes mais comuns e de intensidade média. O cróton, por sua vez, é um ácido mais forte, que intensifica o processo de esfoliação e promove uma renovação mais profunda.
A dermatologista explicou que o peeling químico estimula a produção de colágeno e a renovação celular. Com a aplicação de agentes químicos, como ATA, Ácido Retinóico, Ácido Glicólico e Ácido Crotônico, é possível personalizar o procedimento para alcançar os resultados desejados. Ela destacou, no entanto, que o Fenol, outra substância usada em peelings profundos, foi proibida pela Anvisa após um caso de complicação grave em São Paulo.
Desafios e cuidados na recuperação
Após o peeling, a pele passa por um processo de descamação, com inchaço e crostas que se formam conforme as camadas superficiais são removidas. Segundo Maria, esses sintomas geralmente duram de sete a dez dias, mas o rosto pode permanecer avermelhado por um período maior. Gabrielly compartilhou as imagens dos cinco primeiros dias de cicatrização, nas quais os seguidores puderam observar o avanço do processo.
Maria Cristina destacou ainda que a pele fica extremamente sensível nesse período, o que exige uma série de cuidados para evitar complicações. “Pacientes devem evitar exposição solar e usar protetores específicos para peles sensíveis, além de sabonetes hidratantes na limpeza diária”, alertou.
Riscos e recomendações
Como qualquer procedimento estético, o peeling químico pode acarretar riscos, que variam de hiperpigmentação pós-inflamatória a cicatrizes e infecções. “A aplicação inadequada ou a falta de cuidados pré e pós-operatórios podem elevar os riscos, por isso é essencial buscar um profissional qualificado e com capacidade técnica para a realização”, enfatizou a dermatologista.
Com uma recuperação estimada de 15 dias até o resultado final, Gabrielly Miguel segue dividindo sua jornada com os seguidores e usa o tratamento como parte de seu processo de recomeço e empoderamento. O peeling, para ela, não é apenas uma mudança estética, mas um símbolo de transformação e força.
Do Ver-o-fato, com informações do G1