Uma falha no sistema do Nubank, entre a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta-feira (8), permitiu que alguns clientes realizassem saques de até R$ 1.000, mesmo sem saldo disponível. O problema foi relatado por diversos usuários nas redes sociais, que mencionaram ter conseguido retirar dinheiro em caixas eletrônicos utilizando a função de saque no cartão de crédito, configurada como um tipo de empréstimo. Essa modalidade normalmente é limitada a 15% do limite total de crédito do cliente, mas, devido ao erro, o controle sobre esses limites falhou.
Além do saque indevido via crédito, clientes também enfrentaram problemas com a função de saque no débito, que ficou temporariamente indisponível, dificultando o acesso ao saldo real em conta. Houve ainda aumento nas queixas sobre valores duplicados em faturas e compras antigas que reapareceram nas notificações do aplicativo.
O Nubank foi questionado sobre as causas do problema, mas não esclareceu o motivo do erro ou como pretende identificar e resolver as retiradas indevidas. Em uma nota divulgada na manhã de sexta-feira, a empresa informou que o serviço de saque via débito já havia sido restabelecido e que o restabelecimento do saque por crédito estava sendo tratado com prioridade. Mais tarde, por volta das 14h30, o banco digital afirmou que uma oscilação no sistema causou a instabilidade nos serviços de saque e assegurou que as operações já haviam sido normalizadas.
O incidente gerou um aumento significativo de buscas no Google com termos como “bug Nubank” e “Nubank bugado”. Em nota, o Nubank afirmou que, para preservar o sigilo bancário, não comenta casos específicos e que oferece canais de atendimento para esclarecer dúvidas diretamente com os clientes afetados.
A função de saque no cartão de crédito, segundo o banco, foi criada para ocasiões específicas, como emergências no exterior ou em locais que não aceitam cartão. Este tipo de saque está sujeito a juros de 9,75% ao mês e é limitado a 15% do limite de crédito disponível, com um teto de R$ 2.500 por ciclo de fatura.
Com informações de TechTudo e Folha