O Paysandu quebrou um jejum de 9 jogos sem vitórias e, após a saída de Hélio dos Anjos e entrada do treinador Márcio Fernandes, derrotou o Guarani, (SP), virando em menos de dez minutos um placar adverso. O time ainda mostra erros visíveis, um meio campo claudicante e sem pegada, mas os três pontos conquistados neste sábado, 14, injetam novo ânimo para se manter na Série B de 2025.
Depois de um primeiro tempo em que o Paysandu começou melhor, mas fogo durou pouco mais do que 15 minutos. O adversário cresceu, abriu o placar e segurou o resultado até o apito do final da etapa. Foi um futebol passivo, apático e patético.
Veio a segunda etapa e o intervalo fez muito bem para o bicolor. Em menos de dois minutos empatou e logo em seguida virou o jogo. A equipe renasceu, deu um outro tom dentro de campo e nas arquibancadas, administrou o resultado e segurou o placar até o fim do jogo. Em apenas 15 minutos de intervalo, o novo comandante fez a diferença, ninguém sabe o que foi dito, como ele mudou a equipe, mas o segundo tempo teve alma, teve espírito, teve cor, aliás duas: azul e branco.
Paysandu e Guarani se enfrentaram na tarde (17h) deste sábado (14), no estádio da Curuzu, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.
O Paysandu veio a campo de cara nova no banco de reservas, o velho conhecido da fiel, o treinador Márcio Fernandes, voltou para comandar a equipe. Ele tem pela frente um desafio e tanto, tirar o Papão da amarga situação em que se encontra: A beira do Z4 e há 9 jogos sem vencer.
A bola rolou e o dono da casa não contou conversa e foi pra cima do Guarani. Logo aos 2 minutos de jogo, em jogada pela esquerda do ataque, Yony González cruzou para Esli Garcia finalizar de primeira, sem deixar a redonda cair, mas o arqueiro Vladimir estava atento para espalmar. O Papão chegou com perigo.
O Papão não parava. Aos 9, em toque de bola na intermediária do Bugre, a redonda sobrou para Kevin mandar um balaço. A bola pegou na veia, mas Vladimir, de novo, foi buscar. O goleirão estava se transformando no nome do jogo até ali.
Depois de seguidos ataques do bicolor, o Bugre se espertou e também foi pra cima, igualando as ações da partida e tendo seguidas chances de finalização.
Até que aos 20, em um cruzamento vindo da direita, a bola foi na cabeça de Douglas que não perdoou, sem chances para Mateus Nogueira. Gol do Guarani. Depois de várias bobeadas, praticamente entregando a bola para o adversário, o time tomou o gol que todos temiam na Curuzu. Bugre 1 a 0.
Depois do gol do Guarani, ficou a expectativa do Paysandu ir com tudo pra cima do visitante, mas aconteceu o contrário, a equipe paraense sentiu o gol tomado, se descompensou todo e não conseguia agredir o adversário. Não jogava nada. Parecia que o futebol do Papão era futebol com churrasco e os jogadores preferiam o churrasco.
E esse marasmo bicolor se estendeu até o fim do primeiro tempo. Foi uma etapa muito parecida com os últimos novos jogos do Paysandu: Um equipe sem força, sem alma, sem nada.
Virada e raça
O segundo tempo começou e tudo mudou da água para o vinho em menos de 2 minutos. Em jogada pela direita, Edilson cruzou na medida para Jean Dias, que tinha acabado de entrar, ainda nem tinha tocado na bola, mas quando tocou, ele colocou a redonda no fundo do gol do Guarani. Gol de empate do Paysandu. 1 a 1.
O Paysandu se empolgou com o gol de empate e não ligou o motor da virada. Aos 8 minutos, depois de um cruzamento na área, a bola sobrou para Esli, que de primeira finalizou, mas Vladimir defendeu mais uma.
Mas o Lobo estava uivando e queria sangue, ou melhor, queria gol. Aos 9, em jogada pela direita, Edilson, sempre ele, o garçom bicolor, cruzou na área e a bola bateu na cabeça de Kevin, morrendo no fundo das redes esmeraldinas. Foi o gol da virada bicolor. Papão 2 a 1.
A resposta da equipe paulista veio aos 18. Depois de um cruzamento na área, a bola chega livre para Caio Dantas, mas o artilheiro chutou na trave. quase o gol de empate. A santa das traves salvou o Papão.
Depois disso vieram mais substituições das equipes, deixando o jogo aberto, um verdadeiro fogo cruzado, só que sem direção. O Paysandu deu a bola para o Guarani que até armou alguns ataques, mas pouco contundentes. Já o Papão armava contra-ataques que também não tinham eficiência. Naquele momento o jogo estava muito fraco tecnicamente. Uma pelada.
E assim foi até o fim do jogo. Foi um segundo tempo em que o Paysandu buscou o resultado, muito diferente do marasmo da primeira etapa. Depois do gol da virada o dono da casa, recuou suas linhas, colocou o placar favorável debaixo dos braços e conseguiu administrar até o apito final.
Uma vitória maiúscula do Papão, que respira mais aliviado. Valeu o resultado. Uma injeção de ânimo para buscar novas vitórias e chegar aos 42 pontos para afastar qualquer perigo de rebaixamento. Faltam 12 pontos em 12 jogos.
RAIO X DA PARTIDA
Paysandu: Mateus Nogueira, Edílson, Quintana, Lucas Maia, Kevin; João Vieira, Leandro Vilela (Matheus Trindade), Cazares (Jean Dias); Esli Garcia (Val Soares), Yony Gonzalez (Borasi) e Nicolas (Joel). Técnico Márcio Fernandes.
Guarani: Vladimir, Pacheco, Douglas, Matheus Salustiano, Emerson Barbosa, Gabriel Bispo (Lohan); Matheus Bueno (Anderson), Luan Dias (Pierre), João Victor; Caio Dantas, Marlon Douglas (Reinaldo). Técnico: Allan Aal.
Arbitro: Rodrigo Jose Pereira de Lima – PE
Arbitro Assistente 1: Francisco Chaves Bezerra Junior – PE
Arbitro Assistente 2: Bruno Cesar Chaves Vieira – PE
Quarto Arbitro: Djonaltan Costa de Araujo – PA
VAR: Marco Aurelio Augusto Fazekas Ferreira – MG
AVAR: Luciano Roggenbaum – PR
Observador de VAR: Lucio Ipojucan Ribeiro da Silva de Mattos – PA
MELHORES MOMENTOS E GOLS