A morte da cantora irlandesa Sinéad O’Connor não está sendo tratada como um caso suspeito, segundo aponta o site da BBC News, de Londres. A cantora morreu nesta quarta-feira, 26, aos 56 anos. De acordo com as autoridades locais, a artista foi encontrada “inconsciente” e “declarada morta no local”. “Um arquivo será preparado para o legista”, pontuaram os oficiais.
A família teria sido notificada logo após a conclusão dos profissionais. “É com grande tristeza que anunciamos o falecimento de nossa amada Sinéad. A família e amigos estão arrasados e pediram privacidade nesse momento tão difícil”, diz nota publicada na quarta.
Luta contra a depressão
Por décadas, a cantora irlandesa falou abertamente sobre a luta que travava contra doenças mentais. Um ano atrás, o filho dela, Shane, de 17 anos, cometeu suicídio após fugir do hospital em que estava sob observação justamente para evitar que atentasse contra a própria vida. Na ocasião, ela cancelou todos os shows do ano por causa da perda.
Esta não foi a única tragédia que a cantora enfrentou durante a vida. No livro Rememberings, de 2021, ela falou sobre a infância traumática e violenta.
De acordo com a revista People, após os pais se divorciarem quando criança, a mãe dela Marie “não estava bem” e a espancava diariamente, por vezes no abdome. “Minha mãe tinha essa obsessão de destruir meu útero”, disse a cantora à publicação.
Homenagens
Diversos tributos foram feitos para a artista após a divulgação de sua morte. Dentre os artistas que relembraram o legado e talento da cantora estão Annie Lennox, que descreveu O’Connor como “feroz e frágil” com uma “voz incrível”, e Chrissie Hynde, da banda The Pretenders, que frisou que “ela era uma pessoa muito divertida, era um tumulto para sair com ela.”
A atriz americana Jamie Lee Curtis comentou sobre a trajetória da cantora e relatou o quanto ela era especial. “Uma vez, ouvi Sinead cantar à capela em uma capela vazia na Irlanda. Estava em construção na casa particular de nosso anfitrião. Foi uma das coisas mais lindas que já ouvi na vida. Então fomos juntos ver Eminem em um festival. Eu a amava. A música dela. A vida dela.”
Comediantes, cantores, atletas, apresentadores, jornalistas e demais personalidades irlandesas prestaram homenagens a estrela e ressaltaram a memória de Sinéad O’Connor. (AE)