Keira Knightley revelou que se sentiu “presa” em papéis sexualizados após sua estreia no cinema como a personagem Elizabeth Swann na franquia Piratas do Caribe.
Em entrevista à revista Harper’s Bazaar, a atriz explicou que sentiu a necessidade de procurar projetos que fugissem desse molde após a produção, mas que sofreu com a pressão que ela mesma colocava sobre si.
“Tive uma entrada e tanto na vida adulta, uma aterrissagem extrema por causa da experiência da fama em uma idade muito precoce”, disse – o primeiro longa de Piratas do Caribe foi lançado em 2003, quando ela tinha 17 anos.
“Ela era o objeto de desejo de todos”, explicou Keira, se referindo à sua personagem na saga. “Não que ela não tenha muita luta nela. Mas foi interessante passar de ser realmente ‘moleca’ para ser projetada como exatamente o oposto. Eu me senti muito constrangida. Me senti muito presa”.
A artista confessou que os anos entre 2003 e 2008 foram “complicados” para ela, apesar de ter estrelado longas de prestígio, como Orgulho e Preconceito (2005) e Desejo e Reparação (2008).
“Eu não tinha noção de como articular isso. Parecia que eu estava enjaulada em algo que não entendia”, desabafou. “Eu era incrivelmente dura comigo mesma. Eu nunca era boa o suficiente. Eu era totalmente obstinada”.
Keira explicou que era muito ambiciosa e que, embora fique impressionada com a força de vontade que tinha na época, hoje ela entende o custo que isso teve para sua saúde mental.
(AE)