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A professora foi às ruas de Tailândia protestar, na semana passada. Nesta terça, retorna |
Inacreditável, essa escola foi fechada e transformada em depósito pela prefeitura |
Maria Luiza, do Sintepp, diz que “falta respeito aos que fazem educação” |
A relação entre os trabalhadores da educação e a prefeitura de Tailândia já foi boa. Mas, se antes havia diálogo e entendimento para a solução dos problemas do município, que fechou escolas e transformou uma delas em depósito, hoje só existe descaso e intolerância por parte da Secretaria de Educação, segundo denuncias feitas ao blog Ver-o-Fato pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp).
O clima ficou tão pesado, devido à intransigência da Semed, que o Sintepp decidiu mostrar aos alunos e seus pais que o único caminho para forçar o prefeito Rosinei Pinto de Souza, o “Ney da Saúde”, a tomar providências, é a mobilização dos prejudicados que, juntamente com os professores e outras categorias de trabalhadores, irão às ruas de Tailândia, nesta terça-feira.
De acordo com Maria Luiza Ferreira Farias, coordenadora-geral do Sintepp, será uma marcha de repúdio ao descaso com que a prefeitura trata a educação no município. “Queremos melhor qualidade educacional e valorização dos trabalhadores, que estão sendo demitidos e muitos sequer receberam o 13º salário”, diz ela, para quem a atual gestão “não possui respeito pela categoria que é a base de tudo”.
Os professores cobram respostas para suas reivindicações e já denunciaram casos de corrupção ao Ministério Público no município, mas acusam o órgão fiscalizador de nada ter feito. “Iremos à promotoria saber o que está acontecendo e pretendemos também fazer novas denúncias, desta vez ao Ministério Público Federal (MPF), porque verbas federais liberadas para melhorar a situação das escolas não estariam sendo aplicadas corretamente”, anuncia Maria Luiza.
Sobre o atraso no aluguel da escola “Guaraci Mendes”, que já caminhava para cinco meses, a coordenadora informou que, após a última manifestação, realizada semana passada, a Semed pagou dois meses, faltando pagar os outros três. “Veio dinheiro de Brasília para isso, mas como não pagaram, a dona do imóvel pediu que o prédio fosse desocupado”. A situação foi tão patética que crianças foram retiradas da escola e transferidas para outro estabelecimento.
Fim dos turnos – Os educadores também estão revoltados com a ideia da Semed de acabar dois turnos nas escolas da sede do município e encaminhar os professores contratados para a zona rural, onde existem poucas escolas. Maria Luiza acusa que, além disso, o transporte escolar é precário para suprir as necessidades de deslocamento dos estudantes em fase de recuperação, já que o calendário de 2015 ainda não acabou.
O pior é que cerca de 50% de trabalhadores da educação, contratados pela prefeitura, foram demitidos. No município atuam 750 profissionais de educação, o que dá uma ideia do caos que se instalou em Tailândia. A diretoria da Semed não recebe a direção do Sintepp desde novembro, aumentando a insatisfação de todos.
Mais um problema para o prefeito resolver. Ele que acaba de ter suas contas de 2013 reprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O Ver-o-Fato tentou falar com “Ney da Saúde”, mas quem atendeu o telefone da prefeitura disse que o prefeito estava “em reunião” que não tinha hora para acabar.
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