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A onda de rechaço aos políticos começa a dar sinais de
refluxo, depois de atingir o ápice nos últimos meses. Entre setembro e
outubro, as taxas de desaprovação de quase todos os prováveis candidatos
a presidente caíram ou oscilaram para baixo, segundo o Barômetro
Político, pesquisa mensal realizada pelo instituto Ipsos.
refluxo, depois de atingir o ápice nos últimos meses. Entre setembro e
outubro, as taxas de desaprovação de quase todos os prováveis candidatos
a presidente caíram ou oscilaram para baixo, segundo o Barômetro
Político, pesquisa mensal realizada pelo instituto Ipsos.
Em alguns casos, a redução da desaprovação foi
significativa, como nas taxas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva
(Rede). Em outros, a diminuição se deu dentro da margem de erro. A
desaprovação de todos continua alta, mas retrocedeu para níveis
detectados em levantamentos anteriores.
significativa, como nas taxas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva
(Rede). Em outros, a diminuição se deu dentro da margem de erro. A
desaprovação de todos continua alta, mas retrocedeu para níveis
detectados em levantamentos anteriores.
Danilo Cersosimo, diretor do Ipsos, ressalta que só as próximas
pesquisas indicarão se de fato há uma mudança de tendência ou se este é
um resultado pontual. Mas ele tem uma hipótese a testar: a de que esse
refluxo na rejeição aos políticos está relacionado à percepção de que
serão mesmo esses os nomes na disputa presidencial de 2018.
pesquisas indicarão se de fato há uma mudança de tendência ou se este é
um resultado pontual. Mas ele tem uma hipótese a testar: a de que esse
refluxo na rejeição aos políticos está relacionado à percepção de que
serão mesmo esses os nomes na disputa presidencial de 2018.
“Nos últimos anos, as pessoas demonstravam não querer (como candidato)
ninguém do mundo político, estavam esperando um messias”, afirma
Cersosimo. “Mas não surgiu o salvador da pátria.” O resultado, segundo o
diretor do Ipsos, é que o sentimento de indignação começa a ser
substituído pelo de resignação.
ninguém do mundo político, estavam esperando um messias”, afirma
Cersosimo. “Mas não surgiu o salvador da pátria.” O resultado, segundo o
diretor do Ipsos, é que o sentimento de indignação começa a ser
substituído pelo de resignação.
“A pauta das eleições está cada vez mais presente. A
opinião pública se dá conta de que este é o quadro, estes são os nomes, e
é dali que um candidato terá de ser escolhido. Em algum momento, o mau
humor e o ranço contra os políticos terá de dar lugar a uma definição
racional do voto.”
opinião pública se dá conta de que este é o quadro, estes são os nomes, e
é dali que um candidato terá de ser escolhido. Em algum momento, o mau
humor e o ranço contra os políticos terá de dar lugar a uma definição
racional do voto.”
Segundo ele, isso vai ocorrer, claro, “se não surgir um
nome de fora que não estamos enxergando”. Nas últimas semanas, voltaram a
ganhar força as especulações sobre uma possível candidatura
presidencial do empresário e apresentador de televisão Luciano Huck,
cujo nome não foi avaliado na atual pesquisa.
nome de fora que não estamos enxergando”. Nas últimas semanas, voltaram a
ganhar força as especulações sobre uma possível candidatura
presidencial do empresário e apresentador de televisão Luciano Huck,
cujo nome não foi avaliado na atual pesquisa.
‘MESSIAS’
Outros
candidatos a “messias” estão perdendo espaço na opinião pública,
conforme Cersosimo. “Sergio Moro não dá nenhum indício de que entrará na
política, e o prefeito de São Paulo, João Doria, já tem algum desgaste.
Doria chegou a seu pico de desaprovação na pesquisa Ipsos de setembro,
com 58%. Em outubro, a taxa oscilou para 56%. Já a aprovação do prefeito
tucano subiu de 16% para 21%.
candidatos a “messias” estão perdendo espaço na opinião pública,
conforme Cersosimo. “Sergio Moro não dá nenhum indício de que entrará na
política, e o prefeito de São Paulo, João Doria, já tem algum desgaste.
Doria chegou a seu pico de desaprovação na pesquisa Ipsos de setembro,
com 58%. Em outubro, a taxa oscilou para 56%. Já a aprovação do prefeito
tucano subiu de 16% para 21%.
Esse movimento de melhora foi observado em todos os
nomes do PSDB incluídos na pesquisa – com exceção do senador Aécio Neves
(MG), cuja desaprovação chegou a impressionantes 93%, em empate técnico
com a do presidente Michel Temer (95%).
nomes do PSDB incluídos na pesquisa – com exceção do senador Aécio Neves
(MG), cuja desaprovação chegou a impressionantes 93%, em empate técnico
com a do presidente Michel Temer (95%).
A desaprovação ao governador paulista Geraldo Alckmin
caiu de 75% para 67%, entre setembro e outubro. A do senador José Serra
(SP), de 80% para 75%.
caiu de 75% para 67%, entre setembro e outubro. A do senador José Serra
(SP), de 80% para 75%.
RECUPERAÇÃO
Para Cersosimo, isso pode indicar um começo de reaproximação de
determinada faixa do eleitorado com o PSDB. “Há um segmento importante
que não quer nem Lula nem Bolsonaro na Presidência. É natural que a
percepção em relação aos nomes do PSDB e de Marina Silva comece a ficar
mais positiva.”
A performance de Marina, que anda longe dos holofotes da
política, chama a atenção do diretor do Ipsos. A pesquisa de outubro
foi a terceira em que houve aumento da aprovação à ex-ministra do Meio
Ambiente. Desde julho, a taxa passou de 21% para 36%. No mesmo período, a
desaprovação foi de 62% para 51%.
política, chama a atenção do diretor do Ipsos. A pesquisa de outubro
foi a terceira em que houve aumento da aprovação à ex-ministra do Meio
Ambiente. Desde julho, a taxa passou de 21% para 36%. No mesmo período, a
desaprovação foi de 62% para 51%.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também colheu
bons resultados na pesquisa Ipsos. Sua taxa de aprovação oscilou
positivamente de 40% para 41%, a mais alta na série histórica do
instituto, que vem desde agosto de 2015. Já a desaprovação oscilou para
baixo, de 59% para 58%.
bons resultados na pesquisa Ipsos. Sua taxa de aprovação oscilou
positivamente de 40% para 41%, a mais alta na série histórica do
instituto, que vem desde agosto de 2015. Já a desaprovação oscilou para
baixo, de 59% para 58%.
Cersosimo observa que a melhora da avaliação
de Lula, observada em recentes pesquisas, coincide com a decisão do
petista de sair para o “corpo a corpo” com o eleitorado, em caravana
pelo Nordeste. A desaprovação ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC)
também refluiu em outubro, de 63% para 55%, retornando ao patamar que
ele exibia em agosto.
de Lula, observada em recentes pesquisas, coincide com a decisão do
petista de sair para o “corpo a corpo” com o eleitorado, em caravana
pelo Nordeste. A desaprovação ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC)
também refluiu em outubro, de 63% para 55%, retornando ao patamar que
ele exibia em agosto.
JUDICIÁRIO
Entre os nomes do Poder Judiciário avaliados pelo Ipsos, houve melhora
nas taxas de aprovação do juiz federal Sérgio Moro (de 48% para 52%) e
do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (de 38%
para 48%).
Já o ministro do Supremo Gilmar Mendes, que também é
presidente do Tribunal Superior Eleitoral, segue com o desgaste em
tendência de alta. Sua desaprovação subiu de 70% para 75% no último mês. Fonte: Estadão.
presidente do Tribunal Superior Eleitoral, segue com o desgaste em
tendência de alta. Sua desaprovação subiu de 70% para 75% no último mês. Fonte: Estadão.
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