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Por
enquanto, o assunto ainda está sob rigoroso sigilo, mas já há
sinais de que o atual ministro da Pesca e Aquicultura, Helder
Barbalho (PMDB), deverá ter nas mãos, para a eleição municipal de
2016, e estadual, de 2018, o comando indireto, por debaixo dos panos,
do Partido Social Democrático (PSD) no Pará. O presidente estadual
do partido, o advogado Helenilson Pontes, que também é secretário
estadual de Educação do governo de Simão Jatene, já soube da
movimentação das pedras no jogo de xadrez político em direção a
Barbalho e tem dito a amigos que jamais irá deixar que isso
aconteça.
enquanto, o assunto ainda está sob rigoroso sigilo, mas já há
sinais de que o atual ministro da Pesca e Aquicultura, Helder
Barbalho (PMDB), deverá ter nas mãos, para a eleição municipal de
2016, e estadual, de 2018, o comando indireto, por debaixo dos panos,
do Partido Social Democrático (PSD) no Pará. O presidente estadual
do partido, o advogado Helenilson Pontes, que também é secretário
estadual de Educação do governo de Simão Jatene, já soube da
movimentação das pedras no jogo de xadrez político em direção a
Barbalho e tem dito a amigos que jamais irá deixar que isso
aconteça.
Helenilson
atribui a tentativa de entrega do PSD a Helder a uma articulação
comandada pelo advogado Mauro Santos, fundador e organizador do
partido, além de responsável pela montagem de dezenas de diretórios
pelo interior. O que se diz, pelos corredores pessedistas – por
sinal muito frequentados nos últimos dias – é que Mauro Santos
quer “vender” o PSD a Helder.
atribui a tentativa de entrega do PSD a Helder a uma articulação
comandada pelo advogado Mauro Santos, fundador e organizador do
partido, além de responsável pela montagem de dezenas de diretórios
pelo interior. O que se diz, pelos corredores pessedistas – por
sinal muito frequentados nos últimos dias – é que Mauro Santos
quer “vender” o PSD a Helder.
Se
isso procede ou não, um fato é verdadeiro: Helenilson e Mauro,
hoje, mal se falam e vivem uma briga de foice no escuro para saber
quem fica com o PSD. Na última eleição, entre candidatos a senador
– no caso o próprio Helenilson -, deputado federal e estadual, a
legenda obteve mais de 840 mil votos. Um capital eleitoral nada
desprezível
isso procede ou não, um fato é verdadeiro: Helenilson e Mauro,
hoje, mal se falam e vivem uma briga de foice no escuro para saber
quem fica com o PSD. Na última eleição, entre candidatos a senador
– no caso o próprio Helenilson -, deputado federal e estadual, a
legenda obteve mais de 840 mil votos. Um capital eleitoral nada
desprezível
Entender
a política no Pará, suas cascas de banana, as traições e
rasteiras entre os caciques partidários, não é um exercício para
iniciantes. É preciso decodificar sinais, com precisão quase
cirúrgica, no noticiário dos jornais de Belém. Há certas
reportagens publicadas, ou simples notas em colunas, que dizem mais
nas entrelinhas sobre determinados adversários políticos do que
qualquer tratado sobre demolição de inimigos.
a política no Pará, suas cascas de banana, as traições e
rasteiras entre os caciques partidários, não é um exercício para
iniciantes. É preciso decodificar sinais, com precisão quase
cirúrgica, no noticiário dos jornais de Belém. Há certas
reportagens publicadas, ou simples notas em colunas, que dizem mais
nas entrelinhas sobre determinados adversários políticos do que
qualquer tratado sobre demolição de inimigos.
Veneno
impresso
impresso
Desde
domingo passado, dia 9, por exemplo, o jornal “Diário do Pará”
abriu sua caixa de ferramentas, desferindo estocadas contra
Helenilson, a pretexto de manter sob sangramento permanente o
governador Simão Jatene. Segundo a manchete de capa daquele dia do
jornal, a Seduc estaria entregando “quase R$ 200 milhões a um
empresário acusado de comandar uma quadrilha de fraudadores de
seguros de acidentes de trânsito”.
domingo passado, dia 9, por exemplo, o jornal “Diário do Pará”
abriu sua caixa de ferramentas, desferindo estocadas contra
Helenilson, a pretexto de manter sob sangramento permanente o
governador Simão Jatene. Segundo a manchete de capa daquele dia do
jornal, a Seduc estaria entregando “quase R$ 200 milhões a um
empresário acusado de comandar uma quadrilha de fraudadores de
seguros de acidentes de trânsito”.
O
caso envolve licitação de R$ 198 milhões, realizada no dia 17 de
junho, vencida por Alberto Pereira de Souza Junior, que chegou a
ser preso, em março de 2008. A licitação é o Pregão Eletrônico
017/2015, realizado pela Secretaria Executiva de Educação (Seduc),
para a contratação de um curso móvel de inglês, para 110 mil
alunos das escolas públicas estaduais. Quem venceu o pregão foi a
empresa BR7 Editora e Ensino Ltda., que pertence a Alberto Pereira. A
outra sócia da empresa, a advogada Angélica Laucilena Mota Lima,
também acusada pelas mesmas fraudes no esquema de acidentes, e que
atua em pelo menos 280 processos de seguros e acidentes de trânsito.
caso envolve licitação de R$ 198 milhões, realizada no dia 17 de
junho, vencida por Alberto Pereira de Souza Junior, que chegou a
ser preso, em março de 2008. A licitação é o Pregão Eletrônico
017/2015, realizado pela Secretaria Executiva de Educação (Seduc),
para a contratação de um curso móvel de inglês, para 110 mil
alunos das escolas públicas estaduais. Quem venceu o pregão foi a
empresa BR7 Editora e Ensino Ltda., que pertence a Alberto Pereira. A
outra sócia da empresa, a advogada Angélica Laucilena Mota Lima,
também acusada pelas mesmas fraudes no esquema de acidentes, e que
atua em pelo menos 280 processos de seguros e acidentes de trânsito.
O
jornal não ouviu Helenilson Pontes – a ordem, em casos assim, é
atropelar a ética jornalística -, o que seria fácil, pois bastava
mandar o repórter pessoalmente ao prédio da Seduc, na avenida
Augusto Montenegro, telefonar para o próprio secretário ou acionar
a assessoria de imprensa. A matéria foi um claro sinal de que
Helenilson, indiretamente fragilizado pela suposta irregularidade na
contratação de empresa sem licitação, teria também perdido
gordura política para continuar à frente do PSD.
jornal não ouviu Helenilson Pontes – a ordem, em casos assim, é
atropelar a ética jornalística -, o que seria fácil, pois bastava
mandar o repórter pessoalmente ao prédio da Seduc, na avenida
Augusto Montenegro, telefonar para o próprio secretário ou acionar
a assessoria de imprensa. A matéria foi um claro sinal de que
Helenilson, indiretamente fragilizado pela suposta irregularidade na
contratação de empresa sem licitação, teria também perdido
gordura política para continuar à frente do PSD.
Tirar
Helenilson do comando do partido seria, desta forma, o melhor caminho
para entregar a sigla a Helder Barbalho, que nem precisaria deixar o
PMDB para virar cacique da sigla que, no plano nacional, é chefiada
pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Helenilson do comando do partido seria, desta forma, o melhor caminho
para entregar a sigla a Helder Barbalho, que nem precisaria deixar o
PMDB para virar cacique da sigla que, no plano nacional, é chefiada
pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Na
edição de hoje, quarta-feira, o “Diário do Pará” aciona
novamente sua flecha venenosa contra Helenilson. Desta vez, o disparo
veio na matéria sob o título “ Educação estadual é alvo de
críticas da oposição”. O deputado estadual do PMDB, Iran Lima,
foi o escalado para “mandar um recado” a Helenilson. Para Lima, o
secretário deveria ser “mais presente” no cargo que ocupa.
edição de hoje, quarta-feira, o “Diário do Pará” aciona
novamente sua flecha venenosa contra Helenilson. Desta vez, o disparo
veio na matéria sob o título “ Educação estadual é alvo de
críticas da oposição”. O deputado estadual do PMDB, Iran Lima,
foi o escalado para “mandar um recado” a Helenilson. Para Lima, o
secretário deveria ser “mais presente” no cargo que ocupa.
Lima
detona Helenilson: “ recebi informações de que o
secretário possui um excepcional escritório de advocacia em São
Paulo que lhe toma muito tempo. Secretário, quando é nomeado, é
para trabalhar em tempo integral. Não é para passar três dias aqui
e quatro fora”. Como a campanha contra o secretário está apenas
no começo, aguarda-se novos petardos para os próximos dias, o que
alimenta a suspeita de que, no reino barbalhal, Helenilson é a bola
da vez. E o PSD o partido a ser abocanhado.
detona Helenilson: “ recebi informações de que o
secretário possui um excepcional escritório de advocacia em São
Paulo que lhe toma muito tempo. Secretário, quando é nomeado, é
para trabalhar em tempo integral. Não é para passar três dias aqui
e quatro fora”. Como a campanha contra o secretário está apenas
no começo, aguarda-se novos petardos para os próximos dias, o que
alimenta a suspeita de que, no reino barbalhal, Helenilson é a bola
da vez. E o PSD o partido a ser abocanhado.
Vilaça
treme em Barcarena
treme em Barcarena
A
propósito, em Barcarena, de acordo com o blog do radialista Carlos
Baía, uma fonte do PSD confirma que tanto o deputado federal Éder
Mauro atual presidente municipal da legenda em Belém, quanto Pontes
decidiram que o partido terá candidatura própria à Prefeitura de
Barcarena, em 2016.
propósito, em Barcarena, de acordo com o blog do radialista Carlos
Baía, uma fonte do PSD confirma que tanto o deputado federal Éder
Mauro atual presidente municipal da legenda em Belém, quanto Pontes
decidiram que o partido terá candidatura própria à Prefeitura de
Barcarena, em 2016.
Éder
Mauro, na eleição passada, dos quase 266 mil votos obtidos em todo
o Estado, 14 mil saíram das urnas de Barcarena. O PSD lançar um
nome da própria legenda na disputa pela prefeitura de Barcarena,
desse modo, seria uma resposta aos votos do deputado. Quem não
gostou disso foi o atual prefeito do município, Vilaça, que ficou
ouriçado ao ler a informação no blog de Baía, por tabela um
virtual candidato a vereador.
Mauro, na eleição passada, dos quase 266 mil votos obtidos em todo
o Estado, 14 mil saíram das urnas de Barcarena. O PSD lançar um
nome da própria legenda na disputa pela prefeitura de Barcarena,
desse modo, seria uma resposta aos votos do deputado. Quem não
gostou disso foi o atual prefeito do município, Vilaça, que ficou
ouriçado ao ler a informação no blog de Baía, por tabela um
virtual candidato a vereador.
Helenilson: detonado pelo “Diário”
Mauro Santos: briga com Helenilson
Helder: com o PSD nas mãos. Será?
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