O melhor texto produzido até agora sobre a agressão física praticada pelo deputado federal Wladimir Costa, contra o professor do município de Jacundá, Therezo Neto, é do ator paraense, diretor e professor de teatro, mestre em Artes, doutorando pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, Alberto Silva Neto. A postagem de Alberto está na página dele, no Facebook, com o título acima. Ei-la:
“Dos trajes ao linguajar, dos vexames em plenário às gafes em cerimônias
oficiais, faz tempo que o deputado federal Wladimir Costa garantiu
lugar de honra na calçada da fama de aberrações produzidas pela política
paraense.
Acontece que, esta semana, Wlad conseguiu o que
parecia impossível: descer ainda mais fundo no poço de imundície que se
tornou sua vida pública e o exercício de seu mandato parlamentar. Fez
isso ao agredir fisicamente, com um tapa no rosto, um professor, durante
evento público no município de Jacundá.
parecia impossível: descer ainda mais fundo no poço de imundície que se
tornou sua vida pública e o exercício de seu mandato parlamentar. Fez
isso ao agredir fisicamente, com um tapa no rosto, um professor, durante
evento público no município de Jacundá.
Porém, vejam: a questão
central, a meu ver, não reside apenas no ato criminoso de lesão
corporal – já abominável por si só – mas, muito pior, no modo como Wlad
agiu. Ao atacar seu interlocutor – que em seguida ainda continuou a ser
espancado por seguranças do deputado – Wlad Costa o fez com um misto de
arrogância e escárnio, como se aquela agressão fizesse parte de um show
pessoal, fosse mais um número do pequeno circo de horrores que se
tornaram suas aparições públicas Pará afora.
central, a meu ver, não reside apenas no ato criminoso de lesão
corporal – já abominável por si só – mas, muito pior, no modo como Wlad
agiu. Ao atacar seu interlocutor – que em seguida ainda continuou a ser
espancado por seguranças do deputado – Wlad Costa o fez com um misto de
arrogância e escárnio, como se aquela agressão fizesse parte de um show
pessoal, fosse mais um número do pequeno circo de horrores que se
tornaram suas aparições públicas Pará afora.
O deputado age
assim porque, no fundo, conhece a terra e o povo que o elegeu.
Tragicamente, parecem feitos um para o outro, se tomarmos como
parâmetro, por exemplo. a passividade e a ideia de normalidade com que o
acontecimento – um deputado federal agredir fisicamente em público um
cidadão! – foi e está sendo tratado pela sociedade paraense. Basta
lembrar que uma importante emissora de tv, ao noticiar o fato,
classificou o parlamentar criminoso eufemisticamente como “polêmico”.
assim porque, no fundo, conhece a terra e o povo que o elegeu.
Tragicamente, parecem feitos um para o outro, se tomarmos como
parâmetro, por exemplo. a passividade e a ideia de normalidade com que o
acontecimento – um deputado federal agredir fisicamente em público um
cidadão! – foi e está sendo tratado pela sociedade paraense. Basta
lembrar que uma importante emissora de tv, ao noticiar o fato,
classificou o parlamentar criminoso eufemisticamente como “polêmico”.
A verdade é que, ao largar a mão naquele anônimo cidadão de Jacundá, o
que Wladimir Costa fez foi dar um tapa na cara do Pará e de cada um de
nós, paraenses. Vamos nos calar?”
Nota do Ver-o-Fato – É importante destacar, além do registro de BO feito pelo professor Therezo Neto na delegacia policial de Jacundá ( documento abaixo), que o deputado Wlad infringiu o tão decantado decoro parlamentar e poderá ter o mandato cassado – talvez ele nem se importe com isso, pois cassado já está pela Justiça Eleitoral.
Wlad estava em local público, prestando contas de sua atividade como parlamentar, e não poderia ter reagido da maneira que reagiu, mesmo que o professor o tivesse desafiado a mostrar suposta tatuagem do presidente Temer em suas partes íntimas. Era uma provocação.
O deputado aceitou a provocação e revidou da pior forma, mostrando despreparo e descontrole emocional. Diante do fato, deveria ser punido pela Câmara dos Deputados.
Se ainda restar algum decoro naquele parlamento.
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