A imagem é desoladora: crianças ensaiando para marcha do desfile escolar às margens da rodovia BR-163 (Santarém-Cuiabá), em Itaituba, um dos pontos críticos das queimadas na região, sobretudo no distrito Moraes de Almeida. A cena mostra o céu é obscurecido por uma densa cortina de fumaça proveniente dos incêndios que devastam a floresta amazônica.
Este cenário perturbador ilustra a gravidade da crise ambiental na região oeste do Pará, um problema que o governador Helder Barbalho tem tentado enfrentar com medidas de ordem administrativa, mas que parece fora de controle. O recente decreto do governador Helder Barbalho, que proíbe queimadas em todo o estado por 180 dias, foi uma tentativa de conter a emergência.
No entanto, a eficácia da medida tem sido questionada, já que as imagens enviadas ao portal de notícias Ver-o-Fato mostram a realidade gritante: a fumaça das queimadas cobre toda a BR-163, afetando a visibilidade e tornando a rodovia um cenário de caos e perigo com o tráfego constante de caminhões, carretas e veículos menores.
O trecho da BR-163 que se estende de Novo Progresso a Itaituba e Santarém está especialmente comprometido, com focos de incêndio se espalhando sem controle. Algumas das queimadas têm sido associadas a suspeitas de ações criminosas, elevando a urgência da situação e colocando em evidência a necessidade de medidas mais eficazes e rápidas.
Alerta climático à COP-30
O panorama é um sinal alarmante para a COP-30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática que está programada para ocorrer em Belém em novembro de 2025. A devastação em curso serve como um lembrete sombrio da fragilidade da Amazônia e da importância de ações coordenadas e eficazes para proteger a maior floresta tropical do mundo.
A presença de líderes internacionais na conferência sublinha a necessidade urgente de soluções concretas e sustentáveis para enfrentar a crise ambiental que ameaça não apenas a Amazônia, mas o equilíbrio climático global.
A crescente frequência e intensidade das queimadas na Amazônia não são apenas uma crise local, mas um desafio global. As cenas de devastação ao longo da BR-163 servem como aviso para o mundo: o tempo para agir é agora, e a comunidade internacional deve unir esforços para proteger o que resta da rica biodiversidade da região e garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações.
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