Em matéria das repórteres do G1 Santarém e Região, Dominique Cavaleiro, Sílvia Vieira e Débora Rodrigues, a informação de que foram encontratos vivos os seis tripulantes de uma embarcação que estavam desaparecidos desde o último dia 26 de março. Eles faziam parte de uma ainda misteriosa missão de entrega de carga que ninguém sabe o que era. A suspeita, segundo o portal OEstadoNet, de Santarém, é de que se tratava de cassiterita.
“Parece cena de filme, mas não é. Um bilhete encontrado em uma garrafa levou a polícia ao paradeiro dos 6 tripulantes da embarcação Bom Jesus, que há mais de 10 dias não faziam contato com os familiares e chegaram a ser dados como desaparecidos. Ao menos essa foi a informação repassada ao superintendente regional da Polícia Civil do Baixo Amazonas, delegado Jamil Casseb. Uma equipe da Polícia Civil de Santarém já seguiu para o Amapá.
Eles estavam em uma ilha próximo ao Amapá, mais ainda em águas do arquipélago do Marajó. É uma história que ainda precisa ser contada à polícia pelos tripulantes que, ao que parece, escaparam da morte em mãos de bandidos. Eles foram resgatados por um helicóptero da Marinha, que desde o começa das buscas se empenhou para encontrá-los. Veja, abaixo a matéria do G1 Santarém e Região.
Os tripulantes foram encontrados pela Polícia Fluvial do Amapá em uma ilha, após o início das buscas a partir de Santana (AP) em direção a Chaves, no Pará. Informações iniciais dão conta de que a ilha fica localizada entre o Pará e Amapá. Uma operação de resgate e salvamento foi montada para resgatar os tripulantes.
Sobre a embarcação, a informação que se tem até o momento, é de que após uma pane, ela pegou fogo. A embarcação Bom Jesus saiu de Santarém, no oeste do Pará, no dia 24 de março, para levar uma carga ao município de Chaves, no Marajó, e o último contato dos tripulantes com familiares foi feito no dia 26 de março.
O desaparecimento dos tripulantes foi comunicado à polícia por familiares de dois dos tripulantes procuraram a 16ª Seccional de Polícia Civil de Santarém na última segunda-feira (11). Os tripulantes haviam informado às famílias que estariam de volta cerca de 10 dias após o último contato, o que não aconteceu.
Os familiares também procuraram a Capitania Fluvial de Santarém que levou o caso às instâncias superiores e na terça (12) a Capitania dos Portos do Amapá enviou um navio para realizar buscas pela embarcação Bom Jesus. Um inquérito administrativo foi instaurado pela Capitania dos Portos do Amapá para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do desaparecimento.
Foram encontrados com vida:
- Antônio Oliveira dos Santos – maquinista mecânico;
- Leilane Carla Ferreira Guimarães – cozinheira;
- Cristiano de Azevedo Figueira – marinheiro
- Joelson da Silva Costa – responsável pela carga;
- Valdeney Dolzanes Reis – Policial Militar.
- “Negão” – maquinista
O caso
O g1 apurou que o objetivo da viagem era levar uma carga para Chaves. Dois vídeos feitos pelo policial militar que fazia a escolta da carga circularam nesta terça-feira nas redes sociais. Em um dos vídeos, Valdeney Dolzanes Reis mostra a embarcação encalhada. O policial militar conta que os tripulantes aguardavam a maré subir para poderem dar sequência à viagem.
Ao chegar em Chaves, os tripulantes foram informados que a pessoa que receberia a carga, teria desistido de fazer a retirada e para não perder a viagem eles levariam a encomenda até Nazaré, também na região do Marajó. Desde então os familiares não tiveram mais contato com a embarcação e os tripulantes.”
O bilhete, na garrafa, que deu a pista à polícia:

O vídeo do resgate dos tripulantes do barco, com créditos de OEstadoNet: