O apresentador Ratinho gerou forte repercussão nas redes sociais ao criticar duramente a infraestrutura de Belém do Pará, cidade-sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em novembro de 2025.
Em vídeo publicado nesta terça-feira (3) em suas redes sociais, Ratinho, de 69 anos, questionou os gastos públicos com o evento e afirmou que a capital paraense “não tem condições” de receber uma conferência internacional de grande porte.
“Qual a necessidade de fazermos essa COP30 e gastarmos bilhões? Em Belém do Pará, no lugar onde falta comida para a população, onde não tem infraestrutura… Você vai gastar R$ 5, R$ 6 bilhões para trazer o mundo para lá, sem nenhuma estrutura, com esgoto a céu aberto a quatro quadras do centro?”, disse o apresentador durante participação em um podcast.
Ratinho também comparou a situação com os investimentos feitos durante a Copa do Mundo no Brasil. Segundo ele, o país construiu estádios que hoje estariam sem utilidade, apenas para atender exigências do evento.
“Para trazer a Copa em qualquer lugar do mundo, seis, sete estádios davam. Aqui no Brasil, tiveram que fazer 14. Mentem, mentem, mentem… E o povo acredita”, criticou.
Reações nas redes sociais
As declarações causaram forte divisão entre os internautas. Muitos usuários acusaram o apresentador de preconceito contra a Região Norte e desinformação sobre a realidade local.
“Belém do Pará não é periferia do Brasil, é centro de cultura, biodiversidade e resistência. Não passamos fome. Somos o berço de uma das culinárias mais ricas e premiadas do país”, afirmou uma usuária.
Outro comentou: “Preconceito com a Região Norte, preconceito com Belém”.
Apesar das críticas, algumas pessoas demonstraram apoio às falas do apresentador. “Concordo plenamente. Eu sou paraense, o Ratinho falou a verdade”, escreveu um seguidor.
COP30: investimento e visibilidade internacional
A COP30 está marcada para ocorrer entre 10 e 21 de novembro de 2025 em Belém, e deve reunir líderes mundiais, autoridades ambientais e cientistas para discutir soluções globais para o aquecimento global.
O governo federal estima investimentos bilionários em infraestrutura, mobilidade urbana e sustentabilidade para preparar a cidade para o evento, que também trará visibilidade internacional à Amazônia brasileira.
Com informações de O Tempo
