Uma mulher de 60 anos, identificada como Aparecida Donizeti Berigo Blesio, foi presa na manhã desta quinta-feira (9), em São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, sob a acusação de envenenar pelo menos 28 gatos. A Justiça decretou sua prisão preventiva no mesmo dia.
As investigações começaram em 3 de janeiro, após moradores encontrarem corpos de gatos no centro da cidade no final de 2024. Segundo depoimentos coletados pela Polícia Civil, a suspeita teria oferecido ração e carne misturadas com veneno de rato aos animais, motivada por sua intolerância à presença deles na região onde mora.
Os felinos, resgatados das ruas por uma moradora com apoio de vizinhos e ONGs locais, eram cuidados por voluntários. Maria de Fátima Irene da Silva, presidente da ONG Protetoras em Ação, acompanhou a prisão de Aparecida e registrou o momento em vídeo.
A suspeita foi inicialmente conduzida à Cadeia Pública Feminina de São Joaquim da Barra, onde passou por exames de integridade física no Instituto Médico Legal (IML). Após audiência de custódia, foi transferida para a Penitenciária de Ribeirão Preto.
O inquérito policial apura crimes de maus-tratos contra animais, conforme prevê a Lei 9.605/98. Para casos que envolvam cães ou gatos, as penas variam de dois a cinco anos de reclusão, além de multa e proibição de guarda de animais, podendo ser ampliadas em casos de morte.
O advogado da acusada, Vinicius Magalhães Guilherme, informou que está analisando a decisão judicial e considera a possibilidade de impetrar um habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). “Vou verificar se os requisitos da prisão preventiva foram cumpridos. Se for uma decisão irregular, buscarei a liberdade da minha cliente por meio do habeas corpus”, afirmou.
A investigação segue em andamento e o caso gerou comoção na cidade, com mobilização de entidades de proteção animal que pedem justiça para os gatos mortos.
Com informações de O Hoje e Metrópoles