Na terça-feira, 9, uma situação alarmante ocorreu nos estúdios da TC Televisión, em Guayaquil, Equador. Homens armados, com identidades ocultas, invadiram o estúdio, ameaçando com bombas e realizando disparos. As ações foram capturadas por outras emissoras como a “Ecuavisa” e “Teleamazonas”, que relataram a presença de um artefato explosivo no local e a manutenção de reféns.
A Polícia Nacional do Equador interveio, detendo 13 dos invasores. Antes da ação policial, um apresentador chegou a ser ameaçado com uma arma. A emissora, controlada pelo Estado, estava transmitindo ao vivo durante o incidente.
O episódio é apenas um dos muitos sintomas de uma crise de segurança crescente no país. Recentemente, fugas de prisão envolvendo líderes de grupos criminosos, como “Fito” dos “Los Choneros” e Fabricio Colón Pico dos “Los Lobos”, intensificaram a tensão. Além disso, sequestros de policiais e atos de violência, incluindo explosões em diversas províncias, exacerbaram a situação.
O presidente Daniel Noboa, em resposta, decretou estado de exceção, designando as forças militares para combater 22 grupos criminosos organizados, que foram categorizados como organizações terroristas. Noboa, o presidente mais jovem do Equador, tomou posse com a promessa de combater o crime organizado, particularmente as facções associadas a cartéis colombianos e mexicanos.
No entanto, o aumento da violência e a deterioração da segurança pública levaram a questionamentos sobre as políticas de segurança e a eficácia das medidas adotadas. O Equador, historicamente visto como um país de relativa estabilidade na região, agora enfrenta desafios significativos em sua luta contra o crime e a violência.