A patuscada venezuelana, que conta com o vergonhoso apoio do governo Lula, aprontou mais uma. Em meio a denúncias de fraude eleitoral e à crescente pressão internacional, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, amplamente controlado por aliados radicais do regime chavista, legitimou nesta sexta-feira, 2, a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais.
A decisão do tribunal, vista por muitos como uma confirmação da farsa eleitoral, reforçou a permanência do ditador no poder.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), também sob o domínio do chavismo, anunciou os resultados finais, com Maduro supostamente alcançando 52% dos votos, enquanto o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, que denuncia a fraude, teria obtido 43%. O presidente do CNE, Elvis Amoroso, um notório defensor do regime, afirmou que 97% das atas foram apuradas e que Maduro recebeu 6,4 milhões de votos, contra 5,3 milhões de González.
O processo eleitoral, amplamente criticado por ser conduzido sob um clima de intimidação e manipulação, teve a participação de cerca de 60% do eleitorado, segundo Amoroso. No entanto, a oposição alega possuir evidências de que González Urrutia venceu com 67% dos votos, baseando-se em cópias de 80% das atas coletadas por seus representantes.
Diante das alegações de fraude e irregularidades, o Supremo Tribunal, leal ao regime de Maduro, foi acionado para auditar o processo eleitoral. Sem surpresa, a corte rapidamente ratificou os resultados apresentados pelo CNE, dando a vitória ao ditador e ignorando as provas e os apelos da oposição.
A cena da reunião do Supremo, transmitida em vídeo para vários países, foi um teatro patético, tendo o próprio ditador sentado em frente, olhando fixamente para os juízes que o obedecem cegamente.
Tudo dominado e protestos
A confirmação da vitória de Maduro pelo tribunal desencadeou uma onda de protestos em todo o país, com manifestações que resultaram em pelo menos 11 mortos e mais de mil prisões, de acordo com o Ministério Público, outra instituição alinhada ao regime.
A situação na Venezuela continua a se deteriorar, com a justiça do país sendo vista cada vez mais como um fantoche nas mãos de um governo que desafia as normas democráticas e os direitos humanos.
À medida que a Venezuela se afunda em um cenário de autoritarismo e desrespeito aos direitos humanos, o papel das instituições judiciais e eleitorais como ferramentas de controle político fica cada vez mais evidente. O futuro do país parece incerto, e a luta pela democracia enfrenta desafios monumentais diante de um regime disposto a tudo para se manter no poder.
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