Uma explosão em uma praça com crianças brincando assustou moradores da comunidade da Congonha, em Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na noite deste domingo (15). O caso, registrado por câmeras de segurança, é investigado pela Polícia Civil do Rio, que apura a possível utilização de um drone para lançar uma granada durante uma disputa entre facções criminosas rivais.
Explosão ocorreu em área frequentada por crianças
As imagens mostram o momento em que várias crianças jogavam futebol e brincavam em uma quadra de vôlei, quando foram surpreendidas por uma explosão repentina. A cena causou pânico, com gritos e correria. O incidente aconteceu por volta das 20h. Apesar do susto, não houve feridos.
Guerra entre facções intensifica uso de explosivos
De acordo com relatos nas redes sociais, explosivos têm sido utilizados por criminosos em meio aos frequentes tiroteios na região. Moradores denunciaram que, no fim de semana, um artefato chegou a atingir uma residência e outros foram encontrados espalhados pelas ruas da comunidade.
A suspeita inicial é de que uma granada tenha sido lançada por um drone, uma tática cada vez mais comum em confrontos entre grupos criminosos no Rio. No entanto, a Polícia Civil informou que, até o momento, não há confirmação técnica sobre o uso de aeronaves não tripuladas no ataque.
Investigação conjunta e presença do tráfico na região
O caso está sendo investigado de forma conjunta pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e pelo Esquadrão Antibomba da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). “Agentes realizam diligências para apurar todos os fatos”, informou a corporação em nota.
A região é dominada pelo traficante William Yvens da Silva Rios, conhecido como Coelhão, integrante do Terceiro Comando Puro (TCP). A comunidade vive sob tensão devido à disputa com o Comando Vermelho (CV), que atua nas localidades vizinhas do Morro do Fubá e do Campinho.
PM não foi acionada para ocorrência
A Polícia Militar informou que o 9º BPM (Rocha Miranda) não chegou a ser acionado para atender a ocorrência no momento da explosão. Mesmo assim, a corporação reforça que realiza patrulhamento constante em áreas de risco, especialmente onde há registros de confrontos entre facções.
Com informações de O Tempo
