Mais um caso de violência política nas Eleições 2024 no Pará marcou o final de semana, desta vez no município de Aveiro.
Tudo começou quando o atual prefeito Vilson Gonçalves (MDB) escolheu o secretário municipal de administração Gerdal Diniz (MDB) para a sucessão, e através de articulações ficou definido que o presidente da Câmara Municipal, vereador Antônio Elídio (PSB) ficaria como vice na chapa.
A escolha causou a ira da vice de Vilson, Concy Santiago (PSD), que esperava ser a sucessora, porém a falta de popularidade pesou na escolha e ambos viraram desafetos.
Mesmo sendo vice-prefeita, Concy passou a liderar a oposição, mesmo que não oficialmente, acirrando os ânimos do eleitorado.
Na tarde do último sábado (31), um ato covarde foi registrado depois da caminhada política de Concy em frente à sua residência. No local, o marido de uma candidata a vereadora do PSD, juntamente com outras pessoas, agrediram covardemente um idoso de 72 anos, identificado como Raimundo dos Santos Teixeira, pai da primeira-dama do município, Simone Cristina Gonçalves.
O idoso viajou para tratamento de saúde em Itaituba, deixando seu carro estacionado próximo ao porto de embarque e quando retornou na lancha da linha, foi em direção de seu veículo e percebeu que tinha marmitas em cima do carro, reclamando da situação.
Apoiadores de Concy que estavam recebendo almoço depois da caminhada feita pela equipe, ficaram furiosos com a reclamação e partiram para cima do idoso, agredindo-o covardemente dentro e fora do carro.
Os suspeitos de ter cometido o crime, Darlan Oliveira da Rocha, conhecido por “Drocha”, Geceliti de Oliveira Pereira Filho, o “Sassá” e Edivaldo Saraiva da Silva, de codinome “Perna” foram detidos e levados para a Delegacia de Polícia Civil de Aveiro, para os procedimentos cabíveis.
O suspeito Darlan Oliveira da Rocha entrou em contato com a equipe de reportagem do Portal Ver-o-Fato e alegou que estava distante no momento da confusão, em frente ao diretório do PSD. Segundo ele, chegou ao final do ocorrido, não se envolveu na situação nem compactua com tal agressão, especialmente se tratando de um idoso. Darlan afirmou que assistiu de longe e possui vídeo que comprova sua versão.
O caso deverá ser comunicado à Justiça Eleitoral para apurar a possível ocorrência de crime eleitoral, uma vez que é proibido distribuir alimentos para os eleitores durante atos eleitorais.