Parece inacreditável, mas a verdade é que vinte prefeitos do interior paraense carregam nas costas o peso de manter o Estado entre o cinco piores índices de vacinação nacional. Com isto, eles emperram a máquina de saúde e deixam suas populações à mercê da Covid-19, com mortes, hospitais lotados, dor e desespero.
Ocorre que a Defensoria Pública do Estado (DPE) está cobrando essa fatura de omissão das prefeituras. E a ordem é que a vacinação, que empacou nesses municípios, seja acelerada, com explicações de prefeitos no prazo de 72 horas. Os mais prejudicados, sem vacinação, são os grupos prioritários, como idosos e pessoas com comorbidades, as mais vulneráveis.
Segundo o Defensor Público Geral do Estado, João Paulo Ledo, a vacinação deve ser prioritária. “Esses números mostram ineficiência dos municípios ou ausência de transparência com os dados de vacinação”, diz ele. A Campanha Nacional de Vacinação contra a doença, expedida pelo Ministério da Saúde visa a redução da mortalidade causada pelo novo coronavírus no país.
Sendo assim, a Defensoria Pública enviou o documento aos 20 municípios paraenses, solicitando que inclua no sistema de gestão estadual e informe os dados municipais relacionados à vacinação, conforme determina o Plano Nacional de Imunização e o Plano Estadual de vacinação, em até 72 horas. Além disso, o documento pede também, que dentro do mesmo prazo, os municípios informem as razões e os eventuais obstáculos que justifiquem o atraso na aplicação dos imunizantes, assim como, as medidas que estão sendo adotadas para resolver os problemas
Em caso de descumprimento da solicitação acarretará na judicialização da demanda e eventual responsabilidade penal, civil e administrativa.
Os municípios tartaruga são:
Rondon do Pará, Baião, Eldorado dos Carajás, Novo Progresso, Santa Luzia do Pará, Breu Branco, Ourilândia do Norte, Goianésia do Pará, Santa Maria das Barreiras, Itupiranga, Sapucaia, Pau D’arco, São Caetano de Odivelas, Floresta do Araguaia, Santana do Araguaia, Jacareacanga, São Félix do Xingu, São Geraldo do Araguaia, Cumaru do Norte e Mojui dos Campos.
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