Um ufólogo paraense dos mais ativos, que gostava de ir às fontes realizar pesquisas. Fez inúmeras vigílias com seu equipamento de filmagem na Baía do Sol, Mosqueiro, Vigia e Colares, além de outras localidades que despertavam sua inquietante curiosidade. Assim era Armando Monteiro, falecido na madrugada de hoje após complicações resultantes de problemas na vesícula.
Há anos ele se dedicava a seguir trilhas de investigação sobre as aparições de luzes e de objetos misteriosos na região nordeste do Pará. E costumava cobrar novidades de suas fontes.
Armando era capaz de passar horas com seu equipamento ligado para identificar e documentar qualquer coisa diferente ou desafiadora nos céus do Pará. Não desistia facilmente.
Na Praia do Machadinho, em Colares, local de inúmeras incursões do famoso “Chupa-Chupa”, varou madrugadas, vasculhando os céus com sua câmera, além de colher relatos de moradores, mesmo depois que o fenômeno das aparições de OVNIs já não atraia tantos pesquisadores. Melhor para ele, que podia apresentar sempre algo de novo.
Armando Monteiro meteu na cabeça que iria organizar o primeiro encontro ufológico de Colares e o fez. Enquanto alguns temiam pelo fracasso do evento, ele apostou suas fichas e venceu pela persistência. Trouxe gente de renome da ufologia nacional, como Ademar Gevaerd e Lallá Barreto, atraindo, por tabela, turistas do centro-sul do país que nunca tinham pisado na ilha de Colares. Os hotéis e pousadas ficaram lotados.
No final de novembro de 2017, em um encontro que reuniu familiares do famoso coronel Uirangê Holanda, braço direito da Operação Prato, Armando coroou seu esforço ao também abrir espaço, no ciclo de palestras no plenário da Câmara Municipal de Colares, para que pesquisadores da própria região pudessem apresentar seus trabalhos sobre as aparições de OVNIs na ilha.
Onde estiver agora, em sua nova morada, Armando certamente estará com a curiosidade a mil, buscando a interação com outros mundos e dimensões.
Seja feliz e descanse em paz, Armando Monteiro. As luzes que vais abraçar agora certamente não serão as do medo.