Um homem de 27 anos, suspeito de praticar torturas em série contra mulheres e adolescentes, foi preso nesta terça-feira (13) por agentes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ele é acusado de cometer crimes como cárcere privado, ameaça, perseguição e violência física extrema, incluindo agressões a pauladas e queimaduras com água fervente.
Segundo a Polícia Civil, entre as vítimas estão uma adolescente de 14 anos, uma jovem de 17 e uma mulher com quem o suspeito manteve relacionamentos abusivos. Em um dos episódios, o agressor teria utilizado ferramentas aquecidas, alicate de unha e água fervente para causar ferimentos graves, na presença da filha pequena dele.
A delegada Vanessa Martins, titular da Deam, destacou a gravidade dos crimes:
“Esse autor escolhe suas vítimas, geralmente adolescentes menores de 18 anos. Após iniciar um namoro, transforma o relacionamento em algo abusivo e depois em violência extrema, com práticas de tortura e agressões bárbaras.”
A delegada afirmou que o preso cortava a ponta dos dedos das mulheres com alicates e aplicava castigos cruéis para forçar confissões ou por simples desconfiança. Uma das vítimas o chamou de “psicopata” durante o depoimento.
Denúncia levou à prisão
A investigação começou após denúncia da adolescente de 14 anos, que relatou ter sido levada a um terreno baldio e agredida com pedaços de madeira, inclusive na cabeça. O objetivo, segundo ela, era forçá-la a revelar informações pessoais. Após o ataque, o homem passou a ameaçar e perseguir a vítima e seus familiares, inclusive uma criança de 2 anos.
Ela contou que sofria agressões constantes durante o relacionamento, como pauladas e cintadas, sem motivo aparente.
Histórico de violência
Outro inquérito da Deam já havia indiciado o suspeito por crimes de tortura, cárcere privado e ameaça contra uma ex-companheira e uma jovem de 17 anos. A mulher relatou que vivia escondida com a filha para escapar das perseguições e ameaças.
O homem foi localizado no bairro Rocha Sobrinho, em Mesquita, e teve a prisão preventiva decretada. A polícia acredita que existam outras vítimas e pede que denunciem.
Com informações de EXTRA
