Com tantos jogadores medíocres em campo, sem esquema tático, sem raça ou vestígio de técnica, o Paysandu teve o caixão do acesso à Série B fechado nesta noite de domingo, 31, em João Pessoa (PB), na derrota por 1 a 0 para o Botafogo.
O resultado coroou negativamente um time que neste quadrangular final foi a cara do fastio de gols e da ausência de personalidade para almejar a vitória. Só os torcedores mais fanáticos acreditavam num milagre, mas o time é tão ruim que nem os deuses do futebol arriscariam sua reputação, ajudando uma equipe que nada fez por merecer.
Ainda faltando um jogo – contra o Criciúma, em Belém – o Papão soma ridículos dois pontos em 15 disputados, além de uma humilhante goleada dentro de casa para o Ituano, com direito à fúria de parte da Fiel e invasão do gramado da Curuzu.
A diretoria do clube, para variar, vai apresentar o velho discurso de que 2022 será diferente, que o Papão terá um time competitivo, capaz de honrar a camisa do maior campeão da Amazônia, além de outras desculpas que torcedor já se acostumou a ouvir.
Só irá mudar, segundo boa parte dos torcedores, se deixar de ser uma diretoria que se dobra a espertos empresários de futebol que descobriram no futebol paraense o melhor mercado para “bondes”, ex-jogadores em atividade e enganadores que aqui chegam beijando a camisa e prometendo dar o sangue em campo. Conversa fiada.
Como foi o jogo
No primeiro tempo, o time da casa teve mais de 70% de posse de bola. O Paysandu, acovardado e fechado dentro de seu campo, dava chutões improdutivos para a frente quando retomava a posse de bola. Nas raras vezes em que foi ao ataque, o atrapalhado Grampola mostrava que desembarcou em Belém como turista e sai da cidade sem ter jogado efetivamente com a camisa bicolor.
Enquanto isso, o Belo trocava passes, mas pouco chegava com perigo à meta de Vitor Souza. A torcida estava impaciente em ver que o time local não agredia o fraco Paysandu.
No segundo tempo, o Belo foi mais incisivo e passou a fazer jogadas de infiltrações pelo meio da zaga do Paysandu, onde Denilson e Perema batiam cabeça e o meio campo, com os fracos Paulo Roberto e Ratinho, nada produzia, assim como Marlon na frente, outra nulidade.
Foi aí que num ataque do Belo, Luan Lúcio fez boa jogada individual pela direita e bateu cruzado para Éderson. Na pequena área, o camisa 9 empurrou a bola para o gol e marcou o único gol da partida, aos 35 minutos do segundo tempo.
Aos 40 minutos, o Botafogo marcou o segundo gol, anulado pela arbitragem por posição irregular do atacante. Papão, mais uma vez na Série C.
Veja o gol: