carfilzomibe, desenvolvido pela Amgen, é indicado para pacientes que têm a doença e receberam pelo menos uma terapia prévia2
O SUS deverá fornecer, em breve, um novo tratamento para o Mieloma Múltiplo (MM)1, tipo de câncer hematológico que afeta principalmente pessoas acima dos 70 anos3 e registra de 7.500 a 10.000 novos casos por ano no Brasil4. O trabalho continua e percorre outras etapas até a disponibilização. De acordo com o Decreto nº 7 646/2011, a partir da publicação da decisão de incorporar uma tecnologia em saúde, há um prazo máximo de 180 dias para que, de fato, a terapia chegue aos pacientes5.
“Antes da incorporação no SUS, os pacientes com mieloma múltiplo tinham poucas opções de tratamento quando recaíam da doença. O carfilzomibe é um inibidor de proteassoma de 2ª geração que se liga de forma irreversível ao seu alvo, reduzindo, portanto, eventos adversos comuns à classe, como neuropatia periférica por exemplo (perda de sensibilidade, formigamento, dormência causados pela perda do funcionamento dos nervos periféricos).
As melhoras nos desfechos clínicos foram comprovadas com o uso da combinação carfilzomibe + dexametasona no paciente recidivado/refratário, tais como sobrevida livre de progressão da doença e sobrevida global. Quando a terapia, na prática, chegar ao SUS, o acesso será ampliado, os médicos poderão ter mais uma opção para tratar os pacientes, que por sua vez contarão com um medicamento de ponta no enfrentamento do Mieloma Múltiplo”, explica o hematologista Angelo Maiolino, Professor de Hematologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro vice-presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).
Sobre o mieloma múltiplo
Com o envelhecimento da população e a expectativa de vida cada vez maior, a projeção é que os diagnósticos do mieloma múltiplo também aumentem4. Os principais sintomas da doença que se origina na medula óssea e frequentemente afeta os ossos são: dor nas costas, dor nos ossos, fadiga/cansaço excessivo, dor nas pernas e fraturas ósseas.
Estimativas apontam que 28% dos pacientes diagnosticados com Mieloma Múltiplo podem demorar mais de um ano – após o aparecimento dos primeiros sintomas – para serem encaminhados ao hematologista ou especialistas indicados para tratar a doença3