A instrução normativa da Secretaria da Fazenda, flexibilizando a burocracia na fiscalização de entrada e saída de mercadorias no Pará, está provocando reações de produtores rurais, empresários e moradores do sul e sudeste do Pará, que estão com medo que as medidas acelerem a transmissão do coronavírus na região.
Um produtor de grãos do sudeste do Pará, em contato com o portal Ver-o-Fato, disse que o estado tem que agir rápido no período migratório da colheita de soja no Pará, que está começando, em que caminhoneiros chegam de todas as regiões do Brasil, especialmente do Sul e Sudeste para carregar seus veículos de grãos.
Segundo o produtor paraense, juntos com os caminhoneiros chegam também as máquinas de colher soja, que são alugadas pelos produtores em outros estados.
Os municípios que recebem este fluxo migratório são Paragominas, Ulianópolis, Dom Eliseu e Rondon do Pará, além de Redenção, Santana do Araguaia e Conceição do Araguaia. Paragominas já tem 16 casos suspeitos da covid-19.
As medidas de combate ao coronavírus e a fiscalização sanitária rotineira não estão sendo cumpridas em sua totalidade, segundo esse produtor, porque a Agência de Defesa Agropecuária (Adepará) vem falhando na fiscalização sanitária, pois caminhões e máquinas colheitadeiras entram e saem sem controle no estado.
“Temos pragas que não existiam na nossa região”, completa.
Discussion about this post