Moradores da avenida Bernardo Sayão, no bairro da Condor, cansaram das constantes interrupções no fornecimento d’água pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) e fecharam, neste noite de terça-feira, 5, um trecho daquela área, colocando paus e queimando madeira para impedir a passagem de veículos.
O protesto causou um grande engafarramento no local, mas a maioria dos motoristas concordou com a justeza da manifestação e aproveitou para também criticar o governo do estado. “”Os trabalhos seguem em andamento e a previsão é de que até esta quarta-feira (6), o fornecimento de água seja normalizado na área afetada”, declarou a Cosanpa em nota.
“A gente vende açaí, frango, eles vêm, cavam os buracos, fica essa água parada e eles não resolvem” , reclamou o vendedor de farinha, João Miranda, de 49 anos. O trabalhador não parou de comercializar goma, farofa e farinha de tapioca, mas apoiava por completo a manifestação de colegas e moradores.
João Miranda, junto com outros comerciantes, reclamou, inclusive, que os buracos abertos pela Cosanpa, para mexer na tubulação da área, já provocaram acidentes na esquina. “Há uns dois meses, um rapaz foi desviar do buraco e dos carros e caiu, bateu a cabeça, morreu”, contou João, sob a anuência de outros feirantes.
“Sou nascido e criado na avenida Bernardo Sayão, nº 3.888, no porto da Palha no bairro da Condor. Eu nunca saí daqui e agora estamos nessa situação. Eles vêm, cavam os mesmos três buracos e vão embora sem resolver”, reclamou o morador Ivonaldo Oliveira, de 67 anos, dono de publicidade de postes, como ele mesmo informou. (Do Ver-o-Fato, com informações de O Liberal)