O promotor de justiça militar, Armando Brasil, denunciou à Justiça Militar do Pará, o 3º sargento da Polícia Militar, Raimundo Jorge Nunes da Cruz, e o cabo PM Eduardo Alessandro Guedes, acusados de lesão corporal grave, por alvejarem a bala o mototaxista Célio Bruno Nogueira Palheta, em 2018.
De acordo com inquérito policial militar (IPM), no dia 22 de novembro de 2018, o mototaxista Célio Palheta registrou boletim de ocorrência comunicando que por volta de 21 horas, quando havia acabado de conduzir uma passageira em Ananindeua, levou um tiro desferido pelo 3º sargento.
Célio Palheta foi baleado quando esperava o pagamento da passageira Aurecine Jones Granjeira, que fora em casa pegar o dinheiro. Segundo o processo, os dois policiais pararam a viatura e desceram para revistá-lo, mas quando o profissional tirou o capacete, levou um tiro.
Em seguida, os dois policiais exigiram que ele mostrasse onde estava uma arma que ele portava, mas o rapaz disse que não estava armado.
Mesmo assim, após levarem o rapaz para atendimento médico, os policiais o prenderam em flagrante, apresentando um simulacro de arma de fogo e afirmando que Célio Palheta ameaçara sacar uma arma contra eles, por isso o sargento atirou.
Os PMs também disseram que o mototaxista também usava roupa que se assemelhava a de um assaltante que estava agindo na área. A passageira Aurenice Granjeira prestou depoimento e disse que não viu nenhum movimento estranho do condutor da moto e que ele apenas tirou o capacete para se identificar.
Para o promotor Armando Brasil, a versão dos policiais não se sustenta, pois o mais provável é que eles tenham “plantado” o simulacro de arma no local do fato para justificar o ato falho. Os policiais responderam o IPM em liberdade.
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