O jornalista Jackson Silva, do Portal Moju News, disse à TV Record que o homem morto pela Polícia Militar, nesta quinta-feira (22), durante troca de tiros, tem as mesmas características de um dos atiradores que tentaram matá-lo há cerca de duas semanas, quando ele chegava em casa com a família, no município de Moju, na Região do Baixo Tocantins.
O homem, identificado como Fábio Júnior, foi morto na madrugada de hoje, segundo a Polícia Militar, durante uma troca de tiros na zona rural de Moju, na altura da Alça Viária. Ele foi apontado como um dos autores do atentado contra o repórter, no dia 9 de julho último. Jackson Silva disse ainda que na hora do ataque, o homem estava usando máscara e boné.
Para o Ver-o-Fato, o repórter disse o seguinte:
“Esse rapaz é do mundo do crime, de alta periculosidade, envolvido em assaltos, tráfico de drogas e já era um velho conhecido da polícia. Eu não lembro se a gente chegou a fazer alguma matéria sobre ele, alguma vez, mas possivelmente, sim. Eu estou (devido à pandemia) mantendo distância da redação.”
“A polícia procurou a gente, após o atentado. A Polícia Civil e a perícia criminal foram lá no Hospital Metropolitano e perguntaram se eu desconfiava de alguém. Nunca deu para a gente apontar diretamente, só aqueles dos quais a gente publicava matéria, mostrando fotos e possivelmente tenham se revoltado com a publicação. O motivo mesmo, a gente acredita no portal, que eram as matérias policiais.
Ultimamente, a polícia do Moju estava fazendo muitas apreensões de drogas, então o tráfico estava tendo um prejuízo toda semana de 50 a 100 mil reais e a gente fazia essa cobertura completa, juntamente com o Pimenta, que a gente tem parceria com a TV Record. Eu acho que isso incomodou o crime, fez com esses dai acabassem atentando contra a minha vida”.
“Sobre o que acho dessa morte e da maneira como ela ocorreu? São dois, possivelmente esse (morto) tenha sido o que atirou. Eu acho que a polícia possivelmente tenha feito algum interrogatório antes, não sei, perguntado algumas coisas e depois o alvejado e colocado ai a troca de tiros. Particularmente, eu parabenizo a morte. A Polícia Civil segue investigando o caso, porque tem que chegar no mandante ou nos mandantes”.
“Em relação à política, eu recebi uma ameaça em abril, mas foi da oposição, de gente que perdeu a eleição, mas eu acho muito difícil estar envolvido. Quanto ao governo atual, ele é parceiro do portal”, completou o repórter.