Um grande mistério cerca o assassinato do fazendeiro mineiro Alexandre Souto Andrade, um dos homens mais ricos do município de Novo Progresso, na região do Tapajós, sudoeste paraense. Ele foi morto com tiros na cabeça, na manhã de domingo (5), dentro do carro dele, por um pistoleiro que viajava na garupa de um motocicleta.
Foi um provável crime de encomenda. Agora, o que todos os moradores da cidade querem saber é: quem mandou matar este homem tão poderoso? Qual foi o motivo? Ele estava ameaçado de morte? Por que trafegava sozinho? Essas perguntas, a Polícia Civil do Pará está tentando responder para tentar prender os autores, o provável mandante do crime, e dar satisfação à família e à população.
Milionário, dono de fazendas na região e respondendo a processos por crimes ambientais, o pecuarista trafegava pela Rodovia BR 163, a Santarém-Cuiabá, quando dois homens de moto emparelharam com o carro dele e o carona atirou. Cinco tiros atravessaram a janela do carro e ao menos três acertaram a cabeça do fazendeiro, que morreu na hora.
Câmeras de segurança filmaram o momento em que o carro da vítima foi alcançado pelos criminosos, mas até agora a polícia não tem pistas dos dois. De acordo com o portal Folha do Progresso, o pecuarista Alexandre Souto Andrade era natural do município mineiro de Teofoli Otoni e muito conhecido na cidade de Novo Progresso como dono de três fazenda na região, com mais de 5 mil cabeças de gado e vacas leiteiras.
Segundo o portal, o fazendeiro respondia a processos por vários crimes ambientais, entre eles, desmatamento dentro da Floresta Nacional Jamanxim e Parque Nacional do Jamanxim. A maior fazenda dele, a Baba Boi, fica localizada na Flona Jamanxim, em Novo Progresso, assim como a Fazenda Serrinha, enquanto a outra, a Estrela, fica no Parque Nacional do Jamanxim, em Itaituba.
12 processos por crimes ambientais
Atualmente, o pecuarista respondia ao menos a 12 processos, no Tribunal de Justiça do Pará, no Ministério Público Federal e no Ministério Público do Estado do Pará. Ele já havia sido condenado a pagar multas milionárias e teve indisponibilidade dos bens, pela justiça federal.
Ele morava em Novo Progresso há mais de 12 anos, era casado e tinha duas filhas gêmeas. O corpo dele foi velado na cidade e enterrado na segunda-feira (06), no cemitério municipal local. Ele também tinha um filho de 18 anos do primeiro casamento.
A morte do fazendeiro está sendo investigada pela Polícia Civil de Novo Progresso, que mantém segredo sobre as investigações.