Quatro pistoleiros foram presos pela Polícia Civil por estarem envolvidos diretamente em um incêndio criminoso e também foram flagrados com armas de fogo. O incêndio aconteceu no dia 14 de dezembro em uma área ocupada da fazenda Surubim, cujas terras se estendem por três municípios: Xinguara, Eldorado e Parauapebas, sudeste paraense.
Uma parte do terreno está em litígio, tendo o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ajuizado a reintegração de posse. A fazenda já foi palco de vários assassinatos de trabalhadores rurais sem-terra.
Cerca de 30 famílias que moram em um acampamento denominado “Osmir Benito Silva” tiveram seus barracos totalmente destruídos em virtude da ação criminosa. Um grupo formado por cinco homens chegou atirando no acampamento sem-terra e ateou fogo nos barracos, utilizando gasolina.
A Polícia Civil do Pará deu detalhes sobre as prisões, através da operação “Labaredas do Carajás”, que ocorreu no sábado (19), durante coletiva à imprensa, na manhã desta segunda-feira (21).
A ação foi realizada pela Diretoria de Polícia do Interior, Delegacia de Conflitos Agrários de Redenção, com apoio da Delegacia de Eldorado do Carajás e Superintendências de Marabá e de Redenção, no município de Eldorado dos Carajás.
Segundo o delegado-geral da PC, Walter Resende, que conduziu a coletiva, o cumprimento de mandados de busca e apreensão, expedidos pela justiça estadual, ocorreu na fazenda Surubim e em um hotel da cidade.
“Após diversas diligências investigativas, verificou-se que seis pessoas estariam envolvidas na empreitada criminosa. Houve representação por parte da autoridade policial pelo meio cautelar de prova de busca e apreensão domiciliar, tendo sido a medida deferida pelo juízo da Vara Criminal de Parauapebas”, explicou o delegado-geral.
Durante a operação, foram apreendidas uma pistola de calibre 380, dois revólveres, calibre 38, um revólver calibre 32, três espingardas e inúmeras munições. Entre as armas apreendidas, estão as utilizadas no crime, bem como os galões de gasolina e aparelhos celulares dos investigados. Outro homem também foi preso por posse irregular de armas.
“É importante frisar que a Polícia Civil do estado do Pará, no menor tempo de resposta possível, solucionou o caso. Estamos à postos para investigar e diligenciar em todas as questões referentes a este tipo de crime”, ressaltou o titular da Polícia Civil.
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