Uma de suas vítimas, Cimarron Thomas, de 12 anos, suicidou-se em maio de 2018 para não ter que cumprir as exigências de Alexander McCartney
Em um caso que chocou o mundo, Alexander McCartney, de 26 anos, foi condenado à prisão perpétua nesta sexta-feira após se declarar culpado de 185 acusações de abuso sexual contra 3.500 crianças. O jovem, conhecido como “predador on-line”, usava a internet para aliciar e explorar sexualmente meninas de diversos países.
Utilizando o aplicativo de mensagens Snapchat, McCartney se passava por uma adolescente para se aproximar de suas vítimas. Uma vez conquistada a confiança das meninas, ele as chantageava e manipulava para que enviassem fotos e vídeos de cunho sexual, além de as induzir a praticar atos sexuais diante da webcam.
O caso mais trágico envolveu Cimarron Thomas, uma menina de 12 anos dos Estados Unidos que, em maio de 2018, tirou a própria vida após ser coagida por McCartney a se envolver sexualmente com sua irmã mais nova. A morte da jovem norte-americana tornou o caso ainda mais chocante e levou a polícia a investigar a fundo as atividades do criminoso.
Alcance global do crime
As investigações revelaram que McCartney agia de um quarto em sua casa na Irlanda do Norte, utilizando a internet para alcançar vítimas em diversos países, incluindo Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. O juiz John Ailbe O’Hara descreveu o caso como “uma das maiores operações de abuso sexual infantil já vistas no Reino Unido”.
O policial norte-irlandês Eamonn Corrigan afirmou que McCartney é a primeira pessoa no Reino Unido a ser condenada por homicídio com a vítima morando em outro país. “É mais que um repugnante predador de menores, ele aliciou, manipulou e abusou sexualmente de suas vítimas para satisfazer suas perversões sexuais e as de outros delinquentes on-line”, disse Corrigan.
Do Ver-o-Fato, com informações do extra.globo.com















