O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) chegou com mais de três horas de atraso ao ato político das centrais sindicais em comemoração ao dia do trabalhador. O baixo quórum no local para o ato político durante a manhã fez organizadores se preocuparem e jogarem as manifestações políticas para mais perto do horário previsto para o show de Daniela Mercury.
Lideranças do partido também queriam saber, perto do horário do almoço, qual era o tamanho e o tom dos atos organizados por bolsonaristas.
O quórum na praça Charles Miller, no Pacaembu, era baixo pela manhã. Do palco, oradores ligados às centrais sindicais passaram a pedir que a segurança retirasse grades que impediam que as pessoas chegassem ao centro da praça Charles Miller.
A previsão inicial era de que o ato político acontecesse entre 12h30 e 14h. Lula chegaria ao local por volta do meio-dia.
A chegada do petista, no entanto, foi postergada para as 15h, mais próximo do horário previsto para Daniela Mercury entrar no palco, às 17h. Quando Lula entrou no palco, o local já reunia mais participantes do que os que estavam no local no horário do almoço.
Lula pede desculpas aos policiais
Após uma gafe cometida ontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou seu discurso no evento em comemoração ao 1º de maio com um pedido de desculpas aos policiais brasileiros. No sábado, 30, Lula disse que Bolsonaro “não gosta de gente, gosta de policial” e foi atacado por adversários nas redes sociais.
Hoje, Lula disse que, na verdade, queria dizer que Bolsonaro gosta “de milicianos”. Ao falar sobre os policiais, disse que eles “muitas vezes cometem erros, mas muitas vezes salvam muita gente do povo trabalhador”. “E nós temos que tratá-los como trabalhador”, afirmou o ex-presidente.
“Eu escolhi o mês dos trabalhadores para pedir desculpas aos policiais que por acaso se sentiram ofendidos com o que eu falei ontem”, afirmou Lula.
Nos últimos meses, com a proximidade do lançamento da campanha, Lula cometeu gafes que têm sido vistas com preocupação por aliados. É o caso da fala sobre os policiais e também sobre aborto, além de uma sugestão para que sindicalistas procurassem deputados em suas casas.
“Nesse país não é habitual as pessoas pedirem desculpa. Eu, por exemplo, estou esperando há seis anos que as pessoas que me acusaram o tempo inteiro peçam desculpas”, disse Lula, ao falar sobre decisão de órgão da ONU sobre a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro para julgar o caso de Lula. (AE)